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Política Portuguesa: Desafios e Chamada à Autenticidade

Numa época totalmente sem precedentes, onde a genialidade dos nossos políticos contemporâneos brilha como uma supernova de sabedoria, somos agraciados com uma demonstração sublime de maturidade nas altas esferas do poder.

Em vez de elevar o debate público para níveis intelectuais estratosféricos, estamos a testemunhar uma abordagem única: a exploração ardilosa de vulnerabilidades e discursos incendiários, porque quem precisa de diálogo construtivo quando se pode ter manobras políticas raivosas?

O líder parlamentar do PS, numa entrevista de tirar o fôlego, decide criticar o Presidente da República com uma eloquência que faria Shakespeare corar. Brilhante Dias insinua, com uma delicadeza ímpar, que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa em dissolver a Assembleia é “perigosa para o regime político”.

Claro, porque nada diz “maturidade política” como apontar perigos iminentes enquanto se está mergulhado em estratégias questionáveis e ameaças veladas de retirada de competências.

E como não mencionar a atitude exemplar do PS na Assembleia da República, aprovando um Orçamento com uma confiança divina nas medidas ali estipuladas?

É como se estivessem a conceder benesses orçamentais diretamente do Olimpo. No meio da incerteza política pós-eleições, seria de esperar que as duas principais forças políticas se sentassem para um chá e discutissem medidas cruciais que moldarão o destino do país.

Mas não, por que se preocupar com o bem comum quando se pode jogar com a desinformação e iludir habilmente os eleitores?

O PS, numa exibição verdadeiramente inabalável, continua agarrado ao poder como um gato a uma bola de lã, demonstrando uma sensibilidade notável para a desconfiança generalizada da sociedade em relação aos governantes.

Eles parecem ignorar que a margem de manobra na Assembleia da República não é mais o que costumava ser. Mas quem precisa de autoconsciência quando se pode manter uma conduta tão exemplar?

Os governos, especialmente liderados pelo PS, deveriam ser os líderes na convocação de uma discussão sobre como conferir credibilidade à política, aprimorar a transparência e dignificar o regime. Mas, claro, eles decidiram fazer uma inversão magistral dessa lógica, seguindo um caminho trágico que parece levar a uma sinfonia dissonante na esfera política. Bravo!

Numa clara constatação da realidade, torna-se cada vez mais evidente que a verdadeira senda para um Portugal revitalizado reside na aposta em líderes capazes de efetivamente alterar o curso do país.

Através de reformas audaciosas e uma governação hábil, podemos escapar das garras da decadência que caracterizaram anos de gestão socialista e das artimanhas da esquerda, cujo único talento parece ser o de ludibriar os portugueses, obscurecendo-lhes a visão com medidas que anestesiam a sobriedade.

É chegada a hora de abraçar uma abordagem política que, em vez de cativar pela ilusão, destaque-se pela autenticidade e pelo compromisso genuíno com o bem comum. Só assim poderemos vislumbrar um futuro onde a ressonância harmônica na esfera política substitua o trágico desvio que temos testemunhado.

Bruno Fonseca Lobo

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