À data em que escrevo não tenho números nem estatísticas para referir, mas a certeza de que a percepção das pessoas hoje é de que vivemos num país e num concelho menos seguro.
Portugal é considerado o sétimo país mais seguro do mundo! A conclusão é do relatório global do Institute for Economics & Peace (IEP), Portugal é o quinto estado independente mais seguro da Europa. À “nossa” frente, Islândia (1.º), Irlanda (2.º), Áustria (3.º), Nova Zelândia (4.º), Singapura (5.º) e Suíça (6.º). Atrás, países como Dinamarca, Eslovénia ou Malásia. Conclusões estranhas, quando todos os dias assistimos na televisão a crimes graves.
O grupo australiano de especialistas do IEP que elabora todos os anos o Índice Global da Paz (Global Peace Index) baseia-se em três itens principais: o grau de militarização; os conflitos domésticos e internacionais e o nível de proteção e segurança da sociedade em geral, que por sua vez se desdobram em 23 indicadores.
Sem os enumerar, percebe-se que a conclusão é favorável a Portugal e que se vive em liberdade e com o sentimento de segurança. Mas será mesmo assim? Tenho a sensação que nem o país é assim tão seguro ao nível da proteção nem a segurança está assegurada para a sociedade em geral.
E em Felgueiras sente-se mais insegurança. Não tenho dúvidas. É necessário reforçar a proteção, é urgente tomar medidas.
Na última semana o concelho foi alvo de dois casos de violência que se tornaram públicos, um deles em pleno centro da cidade e no decorrer das festas de São Pedro, em noites de grande movimentação e pessoas a passearem na rua. E um outro caso insólito, de assalto e sequestro a um casal na sua própria casa numa das freguesias limítrofes do concelho, no Unhão.
É muito preocupante, por um lado a violência em plena via pública de cariz sexual e por outro lado pessoas aprisionadas dentro da sua própria casa a serem agredidas e assaltadas.
Não há como fugir, a criminalidade tem vindo aumentar, se os números não confirmarem, é de admirar.
Já não bastava todas as insuficiências em setores como a justiça, a saúde e a educação, agora a questão da segurança!
O jornal, o SF, tem sido contactado por muitos felgueirenses preocupados e vamos relatando, numa missão de prevenção e alerta, episódios e acontecimentos terríveis que nos atormentam a todos, jovens e menos jovens.
Não pretendo de forma alguma atribuir responsabilidade destes acontecimentos a cidadãos estrangeiros, até nem haverá correlação, mas uma coisa é certa, é necessário tomar medidas.
A segurança é um tema prioritário e o poder político e as autoridades competentes tem que atuar. Os episódios da semana passada tem que ser evitados. Os cidadãos tem que se sentir seguros na rua e nas suas habitações.
Se há mais insegurança, tem que se reforçar a proteção. Urge agir por antecipação!
Susana Faria