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Professor Edgar:4 anos de saudade!

Já passaram quatro anos desde seu desaparecimento físico, mas ainda parece que estamos a ver o Professor Edgar bem-disposto, como era sua imagem de marca pessoal.
Falecido em 2020, no dia 28 de maio, continua porém bem presente. E, assim, volvidos então estes anos entretanto passados, é altura de o homenagear aqui com uma evocação. Numa recordação cuja homenagem é feita acrescidamente em nome de meus netos Tiago e Diogo, também seus netos. Porque eles, crianças ainda, o lembram sempre. E o mais velho, que se lembra melhor por via da idade, há tempos me referiu algo assim. Puxando-me o tema um dia que passamos em frente ao edifício do jornal e, como sabe que por vezes ali entro, me perguntou o que era preciso para fazer uma homenagem no jornal ao avô Edgar. Tendo-lhe eu dito que por ocasião da morte lhe fiz uma homenagem escrita no meu blogue (Longra Histórico-Literária), mas que ainda faria uma outra no Semanário de Felgueiras. Ora, o prometido é devido.
O Prof. Edgar Pinto da Silva, antigo Vereador do Pelouro da Cultura e Educação da Câmara Municipal de Felgueiras e mais tarde, nos seus últimos tempos, Primeiro Secretário da Assembleia Municipal de Felgueiras, desapareceu de nossas vistas, mas não da recordação. Destacou-se pela sua competência, ética e pela simpatia e respeito que tinha. Como docente e dirigente escolar, desenvolveu um trabalho ainda hoje reconhecido na comunidade educativa concelhia.
Natural de Provesende, concelho de Sabrosa e distrito de Vila Real, na região demarcada do vinho generoso, ali nasceu a 20 de junho de 1955. Estava radicado em Felgueiras, sua segunda terra, onde residia. Tendo sido professor do ensino primário e elemento da Delegação Escolar de Felgueiras. Casado, pai de dois filhos e avô de 3 netos. Desaparecido do número dos vivos aos 64 anos.
Era um senhor que só tinha amigos, o Professor Edgar Silva. Com quem dava gosto conversar. Tive com ele primeiros contactos era ele Vereador e eu então presidente da Casa do Povo da Longra e responsável do Rancho Infantil e Juvenil que fundei. Depois também por laços de afinidades familiares, mais tarde, mantivemos mais assídua convivência. Faleceu na manhã dessa quinta-feira de maio na sua terra natal, povoação típica da zona vinhateira transmontana, onde passava período de confinamento derivado à pandemia. Tinha ido para lá resguardar-se do perigo do Coronavírus. Mas ia regressar a Felgueiras no fim-de-semana que se aproximava, então. Sentiu-se mal depois de ter feito a habitual caminhada diária ao início da manhã e ter tomado banho já em casa. Deitou-se a descansar e acabou seus dias. Tendo tido morte súbita.
Por vontade dele, foi sepultado lá na sua terra natal. Em local que ele muito apreciava, pela paisagem vinhateira, como região de socalcos do vinho do Porto, cujo campo santo em que ficou é um autêntico miradouro, dali se vislumbrando o rio Douro a rematar as encostas.
O funeral realizou-se no dia seguinte, ao final da tarde dessa sexta-feira, tendo tido a presença de conterrâneos e também amigos de Felgueiras, incluindo representantes de entidades a que estava ligado, em significativo número apesar das condicionantes das restrições do isolamento social vigente, ao tempo.
Volvido algum tempo foi colocada na sua campa uma lápide de amigos felgueirenses. Agora, passados já quatro anos, começa a ser tempo de Felgueiras lhe prestar uma justa homenagem pública, com a atribuição de seu nome a uma rua da cidade de Felgueiras, por exemplo. Ou outras iniciativas, como até perpetuar seu nome numa escola da cidade-sede do concelho.
Na virtude da justiça, pessoalmente prestamos esta lembrança terna como homenagem a tal vulto marcante da memória coletiva, curvando-nos diante de sua memória. Até sempre, Professor Edgar!


Armando Pinto

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