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Casimiro Correia quer percorrer 500km em bicicleta pela fé e pelo desporto

Casimiro Correia, ciclista amador e fundador da equipa Lixa Bike Team, decidiu assinalar o seu 50º aniversário com um desafio pessoal: percorrer cerca de 500 quilómetros de bicicleta da cidade da Lixa a Fátima e voltar, sempre em cima do selim. A partida está prevista para as 4h00 da manhã do dia 08 de junho, no que o atleta amador define, em entrevista ao Semanário de Felgueiras, como uma jornada de “fé e resistência”.

Natural da Lixa, o encarregado de obras na construção civil revela que tem experiência neste trajeto, que percorreu várias vezes nos últimos oito anos, mas sempre com retorno de carro. Em 2024, abdicou de participar em vários eventos competitivos e intensificou os treinos, adaptando-os para a gestão do esforço necessário para realizar as duas etapas do desafio.
Segundo explica, a preparação para esta empreitada é “um pouco diferente” do que costuma fazer para a sua participação em provas amadoras de ciclismo.
“Não podemos ir com a pressão da competição, temos que gerir o esforço e ter um ritmo próprio para este tipo de evento, em particular no regresso. Espero que o tempo, e a minha condição física, na altura, me permitam realizar esta empreitada”, acrescenta.

Lixa Bike Team: NOBLE apadrinha, patrão empresta a carrinha

A ideia de avançar com a sua própria equipa amadora de ciclismo surgiu em 2021, durante um dos períodos de confinamento decretados para conter a pandemia da COVID-19.
Na altura a correr pela equipa BICIMARANTE, Casimiro Correia confessa que estar confinado em casa o estava a “desmoralizar” e que corria o perigo de perder a competitividade. “Era preciso fazer qualquer coisa, dar um salto para reiniciar os treinos e voltar ao ativo, para retomar a capacidade de ser competitivo”, justifica.


Nos últimos três anos, vários amigos e atletas passaram pela equipa, adianta, mas atualmente só há três ciclistas em competição: ele próprio, em ciclismo de estrada e mais dois, na modalidade de BTT. Os apoios vêm, sobretudo, do patrão, que empresta um veículo para as deslocações às provas, da loja de pronto a vestir da esposa e de uma empresa de terraplanagem de Penafiel.
O cantor NOBLE, que revela conhecer pessoalmente desde a infância do artista, é o padrinho da equipa. “Trabalho para o pai há quase 30 anos, convivi com o NOBLE desde pequeno e disse-lhe que teria muito gosto que fizesse parte da minha equipa” pedido que o conceituado artista aceitou, com entusiasmo, revela.

Ciclismo amador é sobretudo um ato de equilíbrio

O ciclismo tem sido prática desportiva para Casimiro Correia há cerca de 35 anos, mais pelo prazer e pela parte lúdica do que pela competição, revela. Contudo, durante uma prova aberta a ciclistas amadores não federados, realizada há cerca de oito anos, em Felgueiras, foi desafiado pela BICIMARANTE a elevar a fasquia.
“A partir daí, comecei a ganhar o bichinho pela competição, a ter um espaço para dar o meu melhor a partir de um princípio: não ser o último. Ajuda sempre [num ambiente competitivo] mas, às vezes, isso acontece. Nesse caso, há que ter paciência, nem todos podem ser os primeiros”, acrescenta.
Os treinos são realizados duas vezes por semana e as competições cuidadosamente programadas, pois há que ter em atenção que o ciclismo amador “não é o nosso ganha-pão”, sublinha.
“Aprendi, por exemplo, que há alturas em que devo abrandar. Estou nisto por lazer e me sentir bem. Quando não sentir isso, abrando. Há ainda que lembrar que trabalho de segunda a sábado”, explica.

Motorista, procura-se

Este ano, Casimiro Correia já alcançou dois pódios em provas competitivas, nomeadamente um primeiro lugar do escalão Master 50 na crono-escalada da Rampa da Alegria, em Braga, e um segundo no Porto Gaia Granfondo, na mesma categoria.
Para o resto da temporada, planeia participar em mais provas, mantendo o equilíbrio entre a sua paixão pelo ciclismo e as responsabilidades profissionais.
Pouco depois da ida e volta a Fátima, irá competir em Cabeceiras de Basto, seguido do Granfondo do Douro Internacional, que decorre em setembro, e no Granfondo de Amarante, em outubro.
Para já, contudo, tem que resolver um pequeno problema, com o desafio Lixa – Fátima – Lixa:
“Ainda ando à procura de um motorista para conduzir o carro de apoio. Tenho um amigo que me vai acompanhar de bicicleta, mas só na ida. O carro é importante, para dar apoio sobretudo à noite, na alimentação e também como medida de segurança”, conclui.

Paulo Teixeira

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