A democracia ensinou-nos que as pessoas são soberanas. São elas que, com as suas convicções, têm o poder de decidir quem querem a representá-las, seja a nível local, nacional e na Europa. E, no dia 10 de março, a mudança ecoou no concelho de Felgueiras e no país.
Venceu a necessidade da transparência e seriedade das ideias e projetos, numa alternativa que passará agora a ser realidade. Venceram as pessoas. E é nisso, juntamente com um trabalho de proximidade sempre necessário, que se faz notar a diferença.
Os portugueses cansaram-se dos casos, das demissões e das promessas que se esvaziaram nelas próprias. Mas mais do que o cansaço, o descontentamento generalizado foi notório, com uma divisão de votos claramente direcionada para a direita – que tanta procura por clareza não nos faça ir atrás de falsos puritanos que tentam manipular com ideias extremistas. Não percamos tempo com adivinhações e respeitemos o que de melhor abril nos deu.
É com essa liberdade que devemos encarar cada pessoa com quem nos cruzamos e é com essa liberdade que devemos estar na causa pública. Saibamos analisar cada voto, saibamos respeitar cada cidadão, mas, acima de tudo, saibamos ser mais e melhores, como acredito que seremos e que o concelho e o país merecem.
Natália Correia, célebre poeta e deputada, ensinou-nos que o «O cais é a urgência. O embarque é agora». Que os políticos embarquem, juntos, neste cais, e façam o seu papel, fora das bolhas, através de projetos aglutinadores, onde todos são poucos, num embarque imediato e que não ficará, esperemos, apenas por aqui.
Sofia Soares
