Criativa, empenhada e curiosa.
Estas são as palavras que definem Beatriz Cunha, uma jovem de 20 anos.
Beatriz é natural de Airães e, desde tenra idade, sonhava em ser cabeleireira, professora, médica ou pediatra.
Como qualquer criança, Beatriz era feita de sonhos que se transformam, ao longo da vida, numa realidade mais amarga.
Feita de paixões e talentos, Beatriz não esconde ter tido uma infância vivida com o sonho de ter um irmão, à mistura de muito “mimo”. “Sendo a única neta e sobrinha, durante um bom tempinho acabei por ser muito mimada pela minha família”.
O exemplo de que o carinho não estraga, reflete-se no percurso escolar de sucesso de Beatriz. “Sempre fui muito boa aluna e gostava sempre mais de disciplinas de letras”.
Passando pelo curso de Línguas e Humanidades, Beatriz é atualmente estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade do Minho. No entanto, as artes sempre ocuparam um lugar de interesse na sua vida.
“Fiz o secundário em Humanidades, sempre dividida e com a dúvida se queria ir para Artes, mas estava com a ideia de ser jornalista então acabei por escolher Humanidades”, confessou Beatriz.
Os seus sonhos e vontades de criança eram agora outros, mais sérios e por sua responsabilidade.
“Na altura de escolher o curso e de fazer a inscrição nos exames nacionais, comecei a pensar que talvez devesse ter ido para Artes e seguido design no ensino superior.
Assim, inscrevi-me para o exame de Desenho A como autoproposta, e tive ajuda de uma artista incrível para me preparar, que me deu as bases necessárias.
Acabei por colocar Ciências da Comunicação na UMinho como primeira opção e Design na Universidade de Aveiro, como segunda”.
Quis a vida que Beatriz entrasse pela área de comunicação. “Entrei na primeira opção”, afirmou.
“Durante o meu percurso universitário, envolvi-me em várias atividades e núcleos: grupo de alunos, jornal de alunos de CC, praxe e departamentos de comunicação.”
Desde setembro que a jovem faz parte da equipa do Semanário de Felgueiras, tendo visto o jornalismo através de uma nova perspetiva.
“No jornal da Universidade trabalhamos muito com comunicados de imprensa e tem sido bom poder diversificar o tipo de escrita.”
No entanto, Beatriz admite pretender conciliar a comunicação com o design, uma parte da sua vida que apesar de desligada, não está esquecida.
“O próximo ano é uma incógnita e volto onde comecei: a querer conciliar a comunicação e o design. Gostava de poder ingressar num mestrado de design gráfico”.
Beatriz volta à sua essência criativa, planeando um futuro por essa área e fazendo jus ao que um dia, em criança, sonhou.