No ano em que celebramos o 50º aniversário da Revolução que pertenceu à geração dos meus avós e, que marcou o verdadeiro nascer da Democracia em Portugal, os Portugueses estão perante um caos político complexo e enigmático.
Este ano marcante é, paradoxalmente, um palco de celebração e inquietação, à medida que o país testemunha não apenas o aniversário da Revolução dos Cravos, mas também uma reviravolta política de grande magnitude.
Depois de o primeiro-ministro António Costa ter-se demitido por um deplorável e inédito erro do Ministério Público, o Sr. Presidente da República, meu pseudo-conterrâneo, decide, no meio de crises e guerras, causar mais turbulência e instabilidade e convoca eleições para o dia 10 de março.
Como se de eleições e casos de corrupção já não chegasse, a ilha da Madeira tornou-se o epicentro de uma crise moral e ética que ecoa por todo o País.
No mesmo dia em que Luís Montenegro lança um cartaz contra a corrupção, sabe-se do processo que está a decorrer nas ilhas. Mais que merecido este castigo feito a Luís Montenegro por este desesperado oportunismo em tempo de eleições.
Portanto, esta incoerência do PSD vai ao encontro à figura de Miguel Albuquerque. Que quando foi confrontado com este caso recusou a sua demissão, opinião contraria àquela que defendia na situação de António Costa. Porventura, é mais que incoerência, é seriedade o que falta.
Esta Madeira precisa de um Carpinteiro novo, que seja sério e capaz de, verdadeiramente, moldar o melhor que esta maravilhosa ilha tem.
Se houvesse apenas uma lição para retirar para a vida que aprendi dos meus Pais e dos meus Avós, é a importância da Seriedade. Sem Seriedade perde-se tudo.
Boa semana para todos.
João Lopes Machado