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No dia em que se anuncia o fim da Farfetch

Nos dias agitados deste inverno, chegam-nos os ecos de uma queda muitas vezes anunciada do primeiro unicórnio com origem em Portugal e liderado pelo português José Neves.

Conheci quase de “raspão” o jovem José Neves, com o seu ar irrequieto, brilhante na argumentação, com uma enorme pressa de fazer coisas diferentes, estribado no seu incontornável sentido de risco e de inovação.

Acompanhei à distância o seu percurso e algumas das suas realizações, ainda que com alguns trambolhões, durante o seu rápido, por vezes frenético, caminho para o sucesso.

No dia em que se anuncia o fim da Farfetch ou pelo menos da sua transação para capitais coreanos, transcrevo abaixo um texto de Diogo de Sousa Rocha, que retrata a resiliência de um português brilhante, que ousou sair da mediania, que ganhou e perdeu mas que ainda não se dá por vencido.

Num tempo em que o mesquinho espírito português, alimentado pela tradicional inveja invariavelmente direcionada contra os vencedores, deixa passar um mal disfarçado regozijo pela queda, registo e louvo a resiliência deste líder natural que, acredito, haverá de transformar este momento difícil da sua vida empresarial em novas e bem sucedidas oportunidades.

Assim o esperamos, assim o desejamos!

Manuel Faria


Publicação de Diogo de Sousa Rocha:

“Na sequência dos recentes desenvolvimentos, surgiu em Portugal um sentimento curioso em relação à Farfetch. Surpreendentemente, esse sentimento tende para a satisfação com os desafios atuais da empresa.
No entanto, esta perspectiva ignora a saga mais grandiosa e inspiradora do percurso da Farfetch.
A Farfetch é mais do que uma corporação; personifica a resiliência, a inovação e a nossa capacidade de brilhar no palco global. Esta empresa desafia o mito de que o sucesso só é alcançável fora das nossas fronteiras, afirmando a capacidade de Portugal para competir e prosperar internacionalmente.
Os desafios que a Farfetch enfrenta atualmente não são uma queda, mas uma fase natural do ciclo de vida de uma empresa pioneira. Eles estão navegando na complexa dinâmica do mercado global, uma jornada não incomum no mundo dos negócios.
É desconcertante ver uma tendência em Portugal para menosprezar as nossas próprias histórias de sucesso. Esta atitude contrasta com o nosso compromisso histórico com o progresso e a inovação. Em vez de sucumbirmos à alegria maliciosa com as dificuldades da Farfetch, devemos encarar isto como uma oportunidade para aprender, apoiar e defender os nossos.
A sua história é um farol de esperança, mostrando que as empresas portuguesas podem criar marcas reconhecidas globalmente e ter sucesso a partir da nossa pátria. Precisamos mudar nossa narrativa da crítica para o incentivo e o orgulho.

Como Churchill disse certa vez: “O sucesso não é definitivo; O fracasso não é fatal. É a coragem de continuar que conta.

“FARFETCH José Neves developments, a curious sentiment has emerged in Portugal regarding Farfetch. Surprisingly, this sentiment leans towards satisfaction over the company’s current challenges.
Yet, this perspective overlooks the grander, more inspiring saga of Farfetch’s journey.
Farfetch is more than a corporation; it embodies Portuguese resilience, innovation, and our capability to shine on the global stage. This enterprise challenges the myth that success is only achievable outside our borders, asserting Portugal’s ability to compete and thrive internationally.
The challenges Farfetch currently faces are not a downfall but a natural phase in the life cycle of a trailblazing enterprise. They are navigating the complex global market dynamics, a journey not uncommon in the business world.
It’s disconcerting to see a tendency within Portugal to belittle our own success stories. This attitude stands in contrast to our historical commitment to progress and innovation. Instead of succumbing to malicious joy over Farfetch’s predicaments, we should view this as an opportunity to learn, support, and champion our own.
Their story is a beacon of hope, showing that Portuguese companies can create globally recognized brands and succeed from our homeland. We need to shift our narrative from criticism to encouragement and pride.
As Churchill once said: “Success is not final; failure is not fatal. It is the courage to continue that counts.”

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