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“Agarro as oportunidades e dou sempre o melhor de mim”

Ana Carolina Dias tem apenas 19 anos, mas não lhe faltam histórias para contar. A jovem felgueirense que dança desde os seis anos, que conta com uma experiência como hospedeira de bordo, estudante de Ciências da Comunicação na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e que, recentemente, começou a integrar a equipa do Semanário de Felgueiras, desvenda um pouco de si aos leitores, nesta edição do Gente Nossa.

A jovem bailarina revisita as suas memórias mais antigas, que a levam à dança. Foi incentivada pelos pais a começar na modalidade, “para desenvolver tanto a nível social, como no desporto”, conta.

Iniciou o seu percurso no Vizela Fitness, revelando-se uma criança tímida e introvertida, mas que, com a dança, se conseguia libertar. “Em casa sempre dancei imenso. Em frente a espelhos ou em cima de mesas”, completa.

Em 2020 começou a fazer parte da Academia de Dança Clarisse, onde descobriu outra paixão no mundo da dança, o Hip-hop, e onde encontrou as pessoas com quem quer partilhar o gosto por dançar, as pessoas “certas, que acreditam e confiam em mim”, conta.

O Hip-hop é o estilo de dança que mais aprecia, atualmente, descoberta que fez na academia, tendo sido lá desafiada a experimentar. No entanto, também já praticou dança contemporânea e jazz funk, e afirma que “são estilos que adoro”.


Dançar é sempre especial para si, especialmente quando tem uma plateia que a pode acarinhar.

“Todos os espetáculos são especiais, seja pelo que vou dançar, pelo sentimento que levo comigo, pelos bailarinos ao meu lado, ou pelo público”

Ana Carolina Dias

Afirma, no entanto, que há um espetáculo específico que a marcou e que lhe volta sempre à memória, “foi pisar o palco do Altice Fórum Braga, com a Academia de Dança Clarisse. E fazê-lo com o meu irmão, com amigas, pessoas por quem tenho tanto amor, foi especial”, revela.

Ana Carolina não deixa de reforçar a força de vontade que é necessária nesta área. “A pressão de querer fazer bem, o cansaço dos ensaios de várias horas e abdicar de momentos de lazer ou diversão, querer ser a minha melhor versão, filtrando qualquer opinião que possa ouvir”, afirma.

A bailarina entende que mesmo cumprindo com todos estes parâmetros, torna-se muito difícil de ter destaque na dança. “Só nos grandes centros, ou fora do país é que estão as melhores oportunidades. Não segui este caminho, de forma profissional, precisamente por saber o quão difícil poderia ser viver só da dança”, entende.

Continua a espalhar o seu sonho a dançar com a academia e também a difundir o que sabe às crianças que iniciam agora o seu caminho na modalidade, nos jardins de infância de Idães, Sernande e Revinhade.

“Dançar significa estar no meu mundo, divertir-me, contar uma história e orgulhar quem me vê. Ensinar é uma realização pessoal, significa amor e deixar um pouco de mim nos mais pequenos, o que me deixa orgulhosa”, comenta.

Mas não só de dança vive Ana Carolina Dias. A jovem admite ter tido um percurso escolar tranquilo, tendo ganho resiliência ao ter de, desde cedo, conciliar os estudos horas de ensaios.

Durante o secundário em Ciências e Tecnologias começou a pensar por onde iria passar o seu futuro. Naquela altura não pretendia ir para o ensino superior, e “foi aí que surgiu o sonho e a vontade de ser hospedeira de bordo e começar a trabalhar com 18 anos”, conta.

Assim foi, Ana Carolina fez o curso e começou a integrar a equipa da Ryanair. “Esta foi das fases mais desafiantes e felizes até hoje”. A jovem conta que este sonho só pôde ser concretizado pelo apoio incansável dos seus pais e família, “que me apoiaram desde o primeiro momento”.

Ana Carolina Dias ficou colocada a trabalhar na base de Marselha, ao contrário do que tinha idealizado, que passava por ficar no Porto, mas existia uma fila de espera muito longa. A cidade onde ficou colocada foi um grande choque, já que estava sozinha, não se sentia segura e as saudades de casa começavam a apertar mais e mais. Foi aí que recebeu a notícia da colocação na universidade “e tomei a decisão que mais me custou: voltar” e deixar o sonho de ser hospedeira de bordo de lado, diz.

A entrada na universidade era o seu plano B, mas o curso de Ciências da Comunicação era uma escolha segura, “era o curso que mais interesse me suscitava”, conta. O curso tem sido uma experiência muito positiva para a estudante da UTAD. Admite já ter aprendido mais sobre o mundo da televisão e da rádio para além de ter desenvolvido e aprimorado a sua capacidade de escrever.

Tem procurado oportunidades que a desafiem ao longo do curso, “para não me sentir parada ou perdida naquilo que um dia irei exercer. Este verão fiz um estágio na Rádio Vizela e, atualmente, colaboro no Semanário de Felgueiras. É aqui que tenho vindo a perceber melhor os meus interesses pela escrita e fotografia”, afirma.

A incerteza ainda é algo presente, mas é certo que vontade de se desafiar não é um problema para Ana Carolina, “planto no presente para colher no futuro”, diz.

“Gostava de conseguir conciliar, tendo o melhor dos dois mundos. A dança, mesmo que um passatempo, fará sempre parte da minha vida.

Agarro as oportunidades e dou sempre o melhor de mim, o lema de vida que os meus pais sempre me passaram”, termina.


Breatriz Cunha

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