Francisco Monteiro, “desde sempre direcionado para a comunicação”, tem 19 anos e é natural da Vila de Barrosas. O Francisco tem o registo de um percurso escolar de sucesso, até ao 12º ano, tendo terminado o secundário com uma média de 20 valores. Quando lhe perguntavam que profissão gostava de exercer no futuro, o Francisco respondia “quero ser médico”. Na verdade, seguiu o sonho e é agora estudante de 2º ano da licenciatura de Ciências da Comunicação, na Universidade NOVA de Lisboa.
Com apenas 17 anos, os jovens são convidados a traçar o rumo daquele que será o futuro. Num meio, muita das vezes, repleto de expectativas e pressões sociais é feita uma das escolhas mais marcantes desta trajetória. O Francisco poderá ser a inspiração daqueles que procuram agarrar-se à coragem, mas também à liberdade de escolha.
De que forma descreves o teu percurso escolar?
Durante toda a minha vida fui bastante determinado nos objetivos académicos a que me propunha e sempre fiz os possíveis para ser bem sucedido. Sempre andei em busca de validação. Por tal razão,e pelo sucesso académico ter sorrido durante todo o percurso, felizmente, a verdade é que fui constantemente subjugado a uma escolha feita pelos que me rodeavam. E até os que não.
Como foi a escolha de seguir Ciências da Comunicação em Lisboa?
Sempre tentaram impor a minha direção para cursos superiores de prestígio, um prestígio passado, como é o caso da medicina, na minha opinião.
Tal quase se sucedeu e passei a minha vida toda a responder que queria ser médico quando me perguntavam a profissão de sonho que perspetivava para o meu futuro.
Com o maior orgulho no coração, posso dizer que tive a audácia e coragem de mudar a minha escolha para aquilo que realmente gosto. Estou a estudar Ciências da Comunicação onde realmente queria, em Lisboa.
Qual foi a tua abordagem quanto à preocupação dos teus pais?
Felizmente considero-me uma pessoa segura e estava bem preparado para as tantas dores de cabeça que esta escolha iria provocar em quem me rodeava. Compreendo a preocupação dos meus pais mas fico grato pelo eterno apoio e segurança que eles me dão, eles dão-me todos os meios para que eu consiga lutar por aquilo que realmente desejo. A verdade é que nada conseguiria fazer sem eles. E hoje posso dizer que jamais me arrependo de ter feito as malas, ter saído da terrinha e ter vindo para a capital conquistar aquilo que tanto ambiciono e que tantos duvidavam.
Sentes que tens mais oportunidades em Lisboa?
Vir para Lisboa foi sempre um objetivo, devido às oportunidades na minha área. Desde que cá estou, e por ser mesmo assim, sempre me desafiei a procurar pelas
oportunidades e a experimentar o que encontrava. Felizmente, tive a oportunidade de participar em vários projetos, como os “Morangos com Açúcar” e, atualmente, estou a trabalhar na produção do Big Brother 2023.
Que mensagem queres deixar aos leitores do Jornal?
Cada um de nós faz a sua a sua história, a sua escolha e por isso, assumam a liderança e escrevam as vossas histórias.
Ana Carolina Dias
