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Leonor Magalhães conquista segundo lugar em competição internacional de patinagem artística

A patinadora felgueirense, Leonor Magalhães, levou prata para casa, nos últimos dias 12, 13 e 14 de outubro, na competição Open Internacional 2023 de Hettange-Grande, em França. Em entrevista ao Semanário de Felgueiras, a atleta fala sobre o pódio e sobre o seu percurso na patinagem artística.
A atleta mostra satisfação com o segundo lugar. “Mostrei evolução desde a minha última prova e isso refletiu-se no resultado obtido”. O lugar no pódio é um reconhecimento do trabalho e treino desenvolvido por Leonor Magalhães, “assim sabemos que estamos a trabalhar no caminho certo”, afirma. E completa que uma das maiores dificuldades na patinagem “é não conseguir alcançar um objetivo para o qual trabalhamos anos a fio”.
A competição era constituída por duas provas. Leonor Magalhães descreve que “a primeira foi uma prova muito controlada, que me deixou no segundo lugar, e no dia seguinte ao arriscar um bocadinho mais, consegui vencer a segunda dança, apesar de ainda assim ficar a 2 pontos de alcançar o primeiro lugar na competição”.

A prova em Hettange-Grande foi a primeira apresentação individual, numa competição internacional, de Leonor Magalhães. Embora já tenha participado noutros três campeonatos europeus, em equipa, como atleta de show e precisão, “este Open Internacional foi a minha primeira prova internacional individual e não posso deixar de a considerar como a prova mais especial”, afirma.
Sublinha, no entanto, o gosto que tem por competir em equipa. “Show e precisão é uma disciplina da patinagem que sem dúvida me cativa muito pelo espírito de companheirismo e união que se vive. Posso dizer que em todos os campeonatos em que competi como atleta de grupo existiu sempre algo especial”, declara.



Descreve a oportunidade de competir em Hettange-Grande como uma das melhores viagens que já teve a oportunidade de fazer. “Todos os dias eram uma aventura, o espírito de aprendizagem era o essencial e saí de lá com o sentimento de dever cumprido”. Fala ainda sobre o ambiente vivido na competição e descreve-o como “uma das melhores sensações que a patinagem alguma vez me deu, ali não importava o clube ou a região, estávamos todos a torcer por Portugal e essa união deixou-me genuinamente feliz”.
A atleta que começou a integrar o grupo Nun’Álvares desde os 6 anos, nesta modalidade, agora é também treinadora dos escalões mais novos, na iniciação ao solo dance e na competição. O que apaixona a atleta pela patinagem é a “conjugação da dança, com a música e o deslize da patinagem, juntamente com as borboletas antes de entrar em prova proporcionam-me um sentimento desafiante que gosto muito de enfrentar. Não há nada melhor do que terminar uma prova com a sensação de dever cumprido e de total superação”, afirma.
Sendo a patinagem artística um desporto tão pouco reconhecido, Leonor afirma que “é uma modalidade que dá bastante visibilidade a Portugal e mesmo assim permanece pouco destacada”. Mesmo assim, a atleta continua a trabalhar arduamente para que se torne mais conhecido e mais apoiado.
“A patinagem é uma modalidade cara, visto que engloba o custo de cada fato e do material, como os patins até às diferentes rodas que temos que ter, tudo isto conjugado com as despesas de deslocação, alojamento e alimentação torna-se bastante difícil, dado que a modalidade não é financiada e são poucos os patrocínios existentes”. Para isso, “é preciso ser bastante disciplinada, responsável e assumir um grande compromisso para com a modalidade, uma vez que a patinagem é um desporto de muita técnica e muito treino”, diz.


Não deixa de salientar o apoio das treinadoras como um pilar essencial no seu percurso. “A minha treinadora, Margarida Vieira de Castro, foi sem dúvida uma das melhores pessoas que o mundo da patinagem me deu a conhecer”, e conta que se tornou, além de treinadora, uma grande amiga, um grande apoio e um “elemento essencial para a continuidade no desporto”. As antigas treinadoras “incutiram-me os valores da patinagem e proporcionaram-me momentos inesquecíveis, em especial a Ana Pinto, que me impulsionou nesta modalidade, e a Daniela Pinto, que me abriu as portas para o mundo da competição e dos treinadores.”
“O apoio incondicional da família é um dos pilares mais importantes que alguém pode ter”, entende. Mostra-se grata à mãe que a apoia a continuar a patinar, a persistir no seu sonho, “apoia-me em todas as situações, é sem dúvida uma guerreira e uma força da natureza”, diz. Não esquece ainda o apoio dos amigos, que tem “o orgulho de considerar como família, que diariamente me acompanham e me apoiam independentemente do sítio ou hora”.
A atleta termina expondo os seus objetivos, que passam por trabalhar “para melhorar ainda mais na próxima competição, a Taça de Portugal, que se vai realizar no Multiusos de Fafe de 29 de novembro a 3 de dezembro”, subir a sua posição a nível nacional. E continuar a competir, sentir a plateia a puxar por si nas provas, sentir o abraço da treinadora no fim, subir ao pódio, ver o seu nome ao lado das melhores nas convocatórias para a seleção nacional.


Beatriz Cunha

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