Pub

Quinta de Maderne
InícioOpinião“Obrigado pela Democracia, agora queremos Liberdade”

“Obrigado pela Democracia, agora queremos Liberdade”

É um título de um livro que mudou o meu grau de atenção ao panorama político local e nacional. Andava distraído, desatento e talvez à deriva em termos ideológicos.
Agora, um pouco mais sintonizado decido pronunciar-me sobre a liberdade individual e de expressão.

É comum afirmar que hoje detemos um grau de liberdade muito diferente do vivido no Estado Novo, e foram as conquistas de Abril e um ano mais tarde em Novembro de 1975 que se criaram as bases do que nos permite hoje exercer o direito a voto: a democracia.

Ora, a democracia é algo que damos por adquirido, mas a liberdade, porém não é um bem tangível e os seus limites podem ser difíceis de definir. Além disso pode pairar sempre a névoa da represália, ou da repressão quando tentamos fazer a pedrada no charco de modo a criar alterações do status quo.

Mas, mesmo sob a égide do poder urge fazer perguntas, mesmo que isso seja rotulado como incómodo. Um cidadão incómodo pode ser apelidado de “problemático”, “reaccionário” ou “progressista” conforme sopra o vento e sempre com o fito de lhe deter a liberdade individual e de expressão.

Em conversas privadas com pessoas naturais de Felgueiras que ora trabalham, ora já vivem fora da sua terra natal o discurso é aberto, incisivo e dirigido assertivamente para os problemas e soluções, por outro lado em ambiente mais formal cá no burgo nota-se esse torpor… que emudece qualquer um… aparentemente existe um temor quase “Putinesco” de não querer apontar o dedo aos velhos problemas, evitar discuti-los, e até participar em alternativas de solução, negando assim outras perspectivas da realidade.

Esta liberdade, essa vontade de deixar para trás “os novos e os velhos” Velhos do Restelo pode fazer mudar o rumo desta cidade…

Esta crescente liberdade levará incontornavelmente, entre outras, a uma maior exigência e necessidade de escrutínio das contas públicas; levantará mais vozes, uma-a-uma, sobre o que faz falta numa cidade como Felgueiras; irá questionar a verdadeira importância de determinados eventos e qual o retorno capitalizado na cidade patente em factos em detrimento de paixões; exigirá mais respostas quando nos deparamos com assimetrias sociais ou falhas nos equipamentos públicos, mais e melhores resposta no que concerne às assimetrias inter-regionais; levantará acirradas interrogações sobre os motivos pelos quais não se copia o que tão bem se faz nos concelhos limítrofes, e pertinentes interrogações sobre um plano de fundo que preveja e compense o “inverno demográfico” que se avizinha (basta estar atento ao Pordata); e uma por uma, mais vozes se sentirão menos receosas e menos desconfortáveis em exprimir a sua opinião, quererão fazer-se ouvir e sentir-se parte integrante de uma comunidade. Quererão fazer parte dessa massa agregadora tão especial de Felgueiras.

Se o passado não deve ser esquecido por ser uma referência, o futuro pertence-nos a todos e deve ser considerado como direcção onde todos devem ser chamados a construir.

Esta é a minha visão liberal para uma cidade como Felgueiras que tem muito potencial de desenvolvimento e crescimento por estimular e diversificar.

(Escrevo sem acordo ortográfico)

Bruno Duarte Bessa

Pub

Teco

Mais Populares

Subscreva a nossa newsletter

Para ser atualizado com as últimas notícias, ofertas e anúncios especiais.

Últimas