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UMA SEGUNDA VAGA DE REVOLTA

Um desconhecido invisível bateu-nos à porta no início de março. Dominou o mundo pela doença, pelo medo e pelas incertezas. Nessa fase inicial fomos bombardeados por muitas informações contraditórias, imensa desinformação, e entre alertas e silêncios negligentes, alarmismos exagerados e passividades nefastas, fomos conduzidos ao confinamento. Esse confinamento pareceu-me na altura o mais sensato, talvez demasiado longo, mas sensato. Foi tempo para conhecermos um pouco mais o vírus, a doença. Foi tempo para a indústria se reorganizar e produzir máscaras e desinfetantes. Foi tempo para ensinar à população as medidas de proteção adequadas de controlo da pandemia. Foi tempo para o comércio, para as indústrias investirem em acrílicos, readaptarem os postos de trabalho e reverem circuitos internos.

Seguiu-se um verão sereno, mas marcado de sol pálido, marcado pela angústia que o passado recente se espelhasse num futuro próximo. Apesar dessa possibilidade, o mau aluno não se preparou adequadamente para o teste surpresa. O trabalho de casa não foi feito e o outono chegou.

Entramos na segunda vaga desgastados da primeira, cansados de incoerências que se colecionariam em cadernetas de cromos.

Há incompreensão na obrigação de pseudo-confinamentos que acabam na prática por criar aos sábados filas de vinte minutos, sem distanciamento de segurança, nas grandes superfícies.

Há desespero para quem tem de trabalhar para viver, mas vê-se impedido de abrir o seu restaurante e servir jantares, mas as pastelarias podem servir os pequenos almoços.

Há incoerências entre os discursos de apelo à paciência e sacrifício de algumas entidades nacionais, e as condutas praticadas pelas mesmas.

Há revolta pela COVID ter-se tornado o epicentro e a prioridade nas decisões políticas de gestão de saúde, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.

A meu ver estas medidas são apenas ruído nefasto. Ruído que prejudica a vida das pessoas e que as afasta das 3 medidas mais importantes e com pouco impacto na qualidade das suas vidas: manter distância de segurança, lavagem frequente das mãos e uso de máscara (corretamente) nos locais recomendados.

Quanto mais ruído nefasto houver, maior será a revolta, maior serão os incumprimentos e as perdas em todos os sentidos. Que se repense o que de facto é mesmo importante e se quebre esta vaga de revolta. Que se faça educação para a saúde, que se invista na saúde e deixem o povo desconfinar e trabalhar em paz.

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