O Dia Mundial da Fibromialgia celebrou-se a 12 de maio em honra da enfermeira Florence Nightingale, que nasceu neste dia, e que durante a Guerra da Crimeia (1854-1856), enquanto trabalhava na frente, ficou gravemente doente sofrendo de dor e fadiga extrema.
A fibromialgia é uma doença crónica caraterizada por dor músculo-esquelética generalizada e difusa, acompanhada de fadiga intensa, perturbações do sono, memória e humor. Acredita-se que a doença amplifica as sensações dolorosas, afetando como o cérebro e a medula espinhal processam sinais dolorosos e não dolorosos. É uma síndrome, por se tratar de um conjunto complexo de sintomas que não parecem estar interligados, que afeta inúmeras partes do corpo, o que leva a uma maior dificuldade em diagnosticá-la.
O diagnóstico da fibromialgia é baseado no historial clínico do doente, pelos sintomas relatados e exclusão de outras doenças. Gera alguma incompreensão, por ainda não se conhecer muito bem as causas que estão na sua origem e não haver alterações detetáveis nos exames laboratoriais e complementares de diagnóstico.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, de intensidade, manifestar-se em diferentes momentos e podem incluir: dor generalizada, fadiga, distúrbios do sono, nevoeiro cerebral (fibrofog), dificuldades cognitivas, rigidez muscular, dores de cabeça, síndrome do intestino irritável, dor pélvica, formigamento nas mãos e nos pés, ansiedade e depressão.
As abordagens mais eficazes são as combinações terapêuticas que associam tratamentos farmacológicos e não farmacológicos e estratégias de autogestão da doença, que podem aliviar alguns sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes com fibromialgia.
O doente deverá aprender a gerir as diferentes limitações que vão surgindo com o tempo e reajustar a sua funcionalidade como:
Planear e organizar as tarefas para que possa utilizar o mínimo de energia, estabelecendo prioridades
Eliminar todas as tarefas não necessárias e evitar detalhes desnecessários
Delegar tarefas para outras pessoas
Não sentir sentimento de culpa por não conseguir fazer tudo o que quer
Concentrar a energia no que realmente precisa
Ter calma, dividir as tarefas pelos dias da semana
Fazer do sono e do descanso uma prioridade
Viver com fibromialgia é um desafio constante diário, quer para a pessoa que vive com a doença, quer para a sua família e amigos que muitas vezes não compreendem a doença nem sabem como ajudar.
Um Conselho da UCC Felgueiras
Enfª Graciosa Ribeiro, Enfª Iola Ferronha e
Enfª Susana Mesquita
