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Se não és a meu favor, és contra mim!

No dia 10 de Março somos novamente chamados a eleger um novo Primeiro-Ministro.

Como temos ouvido nos debates, parece que só existem dois caminhos, a esquerda ou a direita. Não havendo só dois caminhos, explicarei a seguir o que é a polarização política e quais as consequências que isso traz para a política e para a sociedade.

A polarização política é um fenómeno que se caracteriza pela divisão da sociedade em grupos antagónicos, que defendem posições extremas e irreconciliáveis sobre determinados temas.

Esses grupos fecham-se nas suas próprias bolhas de informação e não aceitam o diálogo, o respeito e a tolerância com quem pensa diferente. Nos últimos anos tem se intensificado, em diversos países, influenciada por factores como as redes sociais, os líderes populistas, as crises económicas e sociais e as notícias falsas.

Esta crescente tendência tem efeitos negativos para a democracia, enfraquecendo-a, para a convivência social e para o desenvolvimento humano, dificultando o funcionamento das instituições, a representatividade dos cidadãos, a transparência das decisões e a accountability dos governantes.

Favorece o surgimento de discursos autoritários, que negam a legitimidade dos adversários, desqualificam as críticas e as minorias, ameaçando liberdades e direitos fundamentais.

Impede o reconhecimento da diversidade, da pluralidade e da complexidade da realidade, prejudica a coexistência, gera intolerância, ódio, violência e segregação entre as pessoas, dificultando a cooperação, a solidariedade e a empatia entre os diferentes grupos sociais.
Cria barreiras ao desenvolvimento humano, pois implica uma visão reducionista, dogmática e ideológica dos problemas e das soluções, obstaculizando o debate racional, a busca pela verdade, a inovação e a criatividade.

Dito isto, a polarização política é um desafio que precisa ser enfrentado com urgência, para garantir a qualidade da democracia, da sociedade e da vida humana. Para isso, é preciso promover a educação cívica, o jornalismo ético, o diálogo intercultural, a participação cidadã, a mediação de conflitos e a cultura de paz.

É preciso, sobretudo, cultivar o respeito, a humildade, a curiosidade e a abertura para aprender com os outros, reconhecendo que ninguém tem a verdade absoluta e que todos podemos contribuir para a construção de um país melhor.

Fábio Lourenço Peixoto

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