Já desde há muito tempo, mas principalmente nas últimas semanas, temos vindo a assistir a um “show folclórico” do Ministério Público em Portugal – na verdade, basta termos memória e, lá longe, encontramos resquícios de idênticas glamorosas atuações no seio da história do nosso concelho.
Obviamente, o Ministério Publico tem exercido na melhor das suas capacidades e seguramente com a melhor das intenções as suas funções enquanto garante do cumprimento da lei.
No entanto, cada vez mais tenho a sensação que existe um sentido de impunidade total por parte dos seus atores. Diz a regra, para todos sem exceção, que se maiores são os poderes, maiores deverão ser as responsabilidades.
No entanto, só nos últimos tempos, dois governos foram derrubados por este espetáculo comandado pela Senhora Procuradora Geral da República. Um espetáculo que detém sem qualquer tipo de critério aparente e quer fazer parecer aqueles que são detidos, uns barões criminosos, perigosos e fugitivos.
Enquanto isso, testemunhamos uma tendência preocupante da normalização das detenções, onde, após vários dias, os detidos são libertados como se nada tivesse acontecido, relegando estes eventos a meras notas de rodapé da comunicação social. E agora como se paga àqueles que foram privados da sua liberdade, pelo menos para já, sem motivo nenhum? Aliás, há dinheiro que pague a liberdade?
Não obstante, o Código do Processo Penal é mais que claro nas suas razões aquando da detenção de alguém e, portanto, elas têm de ser meticulosamente cumpridas. É obvio que depois os Portugueses questionam, verdadeiramente, sobre qual foi a plausível razão para estas estrondosas detenções.
O Dr. Rui Rio tinha e continua a ter razão e as suas ideias e coragem fazem muita falta no panorama político nacional atual.
No meio de tudo isto, há Portugueses que nos enchem de orgulho. É o caso do Diogo Ribeiro, que se uma vez não chega, foi duas vezes campeão do Mundo de natação. Neste cantinho à beira-mar plantado, continua a existir talento e trabalho!
Boa semana para todos,
João Lopes Machado
