2024, o dito ano em que vamos ou deveríamos comemorar a liberdade é o ano que se inicia com uma grande instabilidade política, social, económica e crise de princípios.
Não bastava depararmo-nos com um contexto internacional crítico, com duas guerras trágicas e vários cenários no contexto da geopolítica preocupantes, temos um país com graves problemas em praticamente todos os seus setores, na educação, na saúde, na comunicação social, na segurança pública, na justiça, na habitação, na agricultura.
Quais são as razões de tanto descontentamento?
Pode dizer-se que é tudo por causa das guerras no mundo? Será?
Não será falta de uma estratégia para Portugal?
Assistimos, como não há memória, digo eu, a uma onda de contestação geral. São os professores, os médicos, os enfermeiros, a justiça e o seus oficiais, as forças de segurança e as polícias, os jornalistas que até já garantiram uma greve geral e neste fevereiro, são os agricultores nas ruas e estradas a manifestarem-se.
Algo vai mal neste Portugal.
É desolador assistir e sentir tanto descontentamento generalizado. E nem vamos focar o assunto na corrupção e nos inúmeros casos que assolam Portugal e Ilhas, porque o tema ainda fará correr muita tinta.
Mas talvez seja por aí que tudo deva começar. Talvez a culpa não seja dos políticos, talvez seja de um povo que se acomoda, faz escolhas pouco criteriosas e só reage quando já falta quase tudo.
Mas temos eleições à porta, podemos escolher. Talvez ajude ler os programas eleitorais e cada um na sua área ter uma palavra a dizer e porque não dar o seu contributo?
Teremos de ser exigentes na escolha, para no futuro poder pedir responsabilidades. Se escolhermos mal hoje, se nos alhearmos da escolha ou pura e simplesmente deixarmos que outros escolham por nós, no futuro havemos de colher o que plantamos.
Entretanto e, porque dia 13 é carnaval, critiquem alegremente, mas reflitam sobre quem cai a responsabilidade de termos tantos políticos maus.
E não vale a pena usar máscaras, eles estão aí e são reais!
Susana Faria