Nascido em 2001, natural da freguesia da Refontoura, Pedro Moreira tem vindo a trilhar o seu caminho na música. O artista, que começou a mostrar o seu talento na plataforma YouTube, a cantar covers de músicas de outros artistas, tem vindo a destacar-se a solo, com um original, e também em grupo, na banda Terceira Dimensão.
Pedro Moreira conta que a música foi algo que sempre o acompanhou, e que sempre lhe despertou interesse. Em criança, costumava fazer peças de teatro e gravar vídeos a cantar com as primas.
Aos domingos, quando íamos almoçar a casa dos meus avós fazíamos apresentações, e aí, comecei a cantar e a ter interesse pela música”.
Aos 12 anos entrou para um grupo de cavaquinhos, que completou a vontade de fazer música, que já tinha, e onde pode aprofundar conhecimento. “Mais tarde, criei um canal no YouTube, onde comecei a publicar covers”, onde pôde divulgar o seu gosto e o seu talento, além de ganhar mais prática musical. Atualmente está a tirar um curso de produção musical para melhorar a produção em casa e para garantir melhor qualidade ao conteúdo musical que partilha nas redes sociais.
Apoiado pela família desde a altura que a música não passava de uma brincadeira de primos, Pedro Moreira admite que a concorrência é muito grande. “A minha família sempre me incentivou a seguir o meu sonho, e eu vou sempre publicando o meu trabalho, por gosto e com esperança de que um dia vou colher resultados, mesmo vendo tantas pessoas a concorrer pelo mesmo que eu”, diz.
“Todos os anos tenho participado em castings, tenho de ir tentando”, afirma
E a oportunidade de fazer a sua música autoral surgiu de uma dessas tentativas, fruto do resultado de um concurso em Revinhade. Em conjunto com um compositor, surgiu o single Dias Normais, lançado no início do ano.
Recentemente teve também outra oportunidade. “Uma oportunidade de ganhar à vontade em palco”, completa. Recebeu o convite para fazer casting para a banda Terceira Dimensão e foi escolhido para ficar na banda.
Pedro Moreira foi obrigado a sair da sua zona de conforto. “Não é de todo o estilo de música que estava habituado a cantar” e completa que a banda tem uma grande variedade de estilos musicais. “Depois de fortalecer amizades dentro da banda, foi muito mais fácil, e tornou-se uma das melhores experiências que já tive”, comenta.
O artista refletiu sobre os seus concertos e no quão transformador foi começar a cantar com a Terceira Dimensão. “O meu primeiro concerto, a solo, foi muito gratificante, ter público para me ver, mas avaliando o passado, admito que estava muito nervoso, muito pouco seguro em palco e com o público”. “No meu primeiro concerto com a banda estava muito mais preparado, muito mais seguro, ensaiamos juntos de outubro a junho” afirma. Além disso, estar acompanhado em palco, tornou o momento mais fácil.
O músico notou também diferença no público que o vai ouvir a solo e em banda. “Agora, quando atuo com a banda, as pessoas dançam, o concerto é mais interativo, sozinho canto em acústico e o público acompanha-me a cantar”, sublinha.
O concerto mais marcante foi em Airães, na festa de Santa Maria, em agosto. “Fui fazer a abertura do Leandro”, esclareceu. Foi um momento muito importante para si pela quantidade de pessoas que o puderam ouvir, e ganhou muita visibilidade. Também destacou o concerto da Terceira Dimensão nas festas da Refontoura. “Vim mostrar uma nova faceta minha e novas capacidades, aqui na terra”, completa.
O músico revelou ainda sobre os seus projetos futuros. “De momento estou a trabalhar noutro original, do qual posso adiantar o nome. Chama-se Não Voltam Mais”. A música fala de uma história de amor que não correu bem. Termina falando do desejo de continuar a produzir músicas originais e de tentar conciliar a carreira a solo com a carreira em banda.
Beatriz Cunha