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Alunos de Felgueiras entraram em Engenharia Aeroespacial da UM, o curso com a nota mais alta do país

Tiago Martins e Beatriz Vieira eram colegas de carteira na Escola Secundária de Felgueiras e vão frequentar a licenciatura de Engenharia Aeroespacial na Universidade do Minho.
Esta Engenharia Aeroespacial tem uma média de 19,72 valores, a mais alta registada para este curso no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, na primeira fase.
É a Universidade do Minho que tem o último colocado com a média mais alta do país: 188,6 valores. Isto significa que o curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, passou para segundo lugar (o ano passado liderava o ranking), com 186,8 valores de média do último colocado.

O SF recebeu os jovens na sua redação e a conversa agradável, por sinal, começou logo pelo “porquê Engenharia Aeroespacial?“
Beatriz explica que ficam com a equivalência a várias engenharias, mecânica eletrotécnica e que depois de perceber o que podem fazer com esta engenharia as outras não tem tanta importância. E acrescenta que “tanto o software dos aviões como a sua construção é interessante, engraçado”.
Concorreram 306 candidatos e entraram 30 alunos. Beatriz entrou com a média de 19,14 e o Tiago com 19,20. Sendo que o aluno que entrou com a média mais alta é do concelho vizinho de Fafe e teve 19,72.
Veio à conversa que quem tem médias altas normalmente vai para medicina. Questionamos os alunos se não teriam sido influenciados para o fazer?
A Beatriz rapidamente disse que “eu tinha uma prima neurologista no Hospital de São João e via o que ela estudava, vi aquelas pastas todas que ela tinha que saber e pensava eu não quero isto”. Acaba por referir que toda a gente da família pergunta “não vais para médica?“, mas acrescenta que ser médico ainda é uma profissão com o estatuto, mas para as pessoas mais velhas para as mais novas não.
O curso da Universidade do Minho funciona em Guimarães, a Beatriz vai viver para a cidade mas conta-nos que foi muito difícil encontrar alojamento. O Tiago fica em Felgueiras, vai e vem todos os dias e revela-nos “eu queria mesmo muito este curso, no Porto não há, era em Aveiro, Guimarães e Lisboa. Lisboa era difícil e a Beatriz interrompe e diz-nos “imagina estudar para Lisboa?“.
Bem, ambos são da opinião de que é melhor ficar perto, numa universidade reconhecida e que tem muitas parcerias. O curso é muito recente, existe apenas há dois anos, ainda ninguém terminou a licenciatura. Em Aveiro existe há três anos. Mas, em Lisboa já existe há bastante mais tempo.
A escolha dos dois alunos recai nas tecnologias por entenderem que está em crescimento e sublinham que ser médico nunca esteve na equação de Beatriz e Tiago. “Tentaram incutir-nos isso mas não era uma hipótese“, revelam.
Relativamente à remuneração consideram que vão ganhar mais que os médicos que trabalham muitas horas por dia. “A nossa turma é boa, entraram muitos alunos em medicina no Porto e em Coimbra. O facto de ser uma turma boa, com bons alunos fez com que todos se forçassem mais e puxassem uns pelos outros” revelam ao SF Beatriz e Tiago.
São amigos, mas sempre competiram, claro fazem questão de sublinhar, de forma saudável.

DR Lucas Neves – Semanário de Felgueiras


“A nossa turma é de Física, por isso, muitos colegas foram para engenharia“, já a turma de Biologia que tem mais alunos foram para medicina e enfermagem.
Quanto à questão “como avaliam ensino aqui na escola Secundária de Felgueiras“, não hesitam em responder “foi a melhor escola que eu tive em termos de infraestruturas, professores muito bons, não tenho nada a queixar-me” diz Tiago.
Já a Beatriz revela que “eu sai do ciclo no sétimo ano para vir para o liceu, porque era a escola dos grandes e eles tratavam-nos de outra forma, mas sempre a apoiar-nos“.
O objetivo de ambos é acabar o curso com boa média e ir trabalhar em empresas boas, e consideram que a Universidade do Minho tem boas parcerias.
Na memória ficam os professores de matemática, Valdemar Sousa, de física e química, Sónia Cunha e de português Nelson Alves. “Eles sabem ensinar, aliás, nunca tivemos professores maus“ confessam.
Também os questionamos se a greve os tinha prejudicado. Responderam que não, mas no que diz respeito às razões da greve, Beatriz diz que não percebe e Tiago, cuja mãe é professora, afirma que a profissão devia ser mais reconhecida.
Para além de estudarem, tem uma vida perfeitamente normal, Tiago faz natação e a Beatriz joga futebol. “Há tempo para tudo. Estar atentos nas aulas, estudar um pouco em casa e manter a matéria em dia são os segredos” revelam os alunos.
Tiago, deixa um conselho para os alunos mais novos “apliquem-se, estudem, mas não se esqueçam de se divertir. Façam o que gostam e não olhem só para as médias”.
Sobre a utilização do telemóvel, Beatriz diz “é uma ferramenta imprescindível, utilizamos em várias atividades” e Tiago força reforça dizendo “é essencial e é uma ferramenta útil”.
Também discutimos a questão da proibição do uso do telemóvel ou não nas escolas, disseram-nos que acham mal e que se for utilizado corretamente é muito útil. Tiago revela que utiliza o telemóvel para ver fichas e se for utilizado corretamente é uma ferramenta muito útil.
Concluíram que as opções que fizeram recaíram sobre as engenharias e Gestão Industrial por serem cursos abrangentes, Beatriz diz “eu queria ir para a FEUP, mas depois foi esta a escolha”. “O meu pai só me dizia vai para aquilo que queres” revela Beatriz e ambos concordam que a família não os influenciou para escolherem outro curso e assim, no dia 11 começaram esta nova etapa no curso de engenharia aeroespacial na Universidade do Minho em Guimarães.

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