Já repararam que andamos numa frenética corrida diária?
Corremos para trabalhar, corremos para estar com a família, corremos para ir às compras, corremos para ter a casa limpa, corremos para os almoços e jantares, corremos para ir a uma festa, corremos para responder a todas as solicitações e até corremos para ir de férias…
Mas para quê esta frenética corrida?
Ontem antes de adormecer e depois de uma corrida frenética para tentar responder a tudo o que entendia que devia, fui a correr para dormir… e antes de dormir deparei-me com mais uma notícia triste. Mais alguém jovem desistiu desta correria que é a nossa vida!
E nesse momento parei e refleti. Temos que ser capazes de deixar de correr e temos que parar e perceber para que corremos tanto?
Não será esta frenética correria que está a dar cabo de nós? Da nossa sanidade mental, do nosso equilíbrio, da nossa vida?
Talvez seja…
A busca incessante pela plenitude da vida? Pela posse de tudo material, pela beleza, pela riqueza, a constante comparação da vida aparentemente perfeita daqueles com quem nos cruzamos?
Talvez seja difícil contrariar este estado de correria, mas e porque estamos num período em que previsivelmente podemos abrandar a nossa corrida, porque não aproveitar para fazer, sem correr, essa reflexão?
Talvez possamos apreciar e ouvir o que nos traz a jornada mundial da juventude, talvez possamos largar o telemóvel, e ler um livro e tentar encontrar um pouco de paz, usufruir do tempo sem correr e disfrutar da família e até do silêncio, porque na correria que levamos nem percebemos que precisamos de tempo, também em silêncio para encontrar o nosso equilíbrio e poder ajudar aquele que até tenta, mas não consegue deixar a frenética corrida…mas que no fundo não sabe para quê!
Boas férias… sem correr!
Susana Faria