Durante 5 dias Felgueiras esteve em festa, foi o nosso São Pedro, a programação foi variada, começou com a noitada com as típicas sardinhas, o concerto da famosa banda os Resistência que juntou no palco grandes artistas, um fogo piro musical ambicioso que deliciou os apreciadores.
No dia de São Pedro o magnífico Cortejo das Flores voltou a realizar-se e abrilhantou a cidade, culminou com as cerimónias religiosas no santuário de Santa Quitéria. Seguiram-se mais 4 dias e noites com programas para todas as idades e para todos os gostos.
A população saiu à rua e divertiu-se, foram concertos, bandas de música locais, noite branca, insufláveis para os miúdos, dança, folclore, Dj´s pela noite dentro, um sem fim de propostas culturais e da diversão, não faltou nada para ninguém.
Foi assim em Felgueiras e foi assim por este país fora. Todos os fim-de-semana somos “convidados” para festas em todas as terras, cidades e freguesias por este Portugal. Só por perto, nos nossos vizinhos, temos dificuldade em registar toda a oferta que existe, que vai desde as festas com o cariz religioso, mas sempre com vastas propostas musicais até às noites temáticas, noites brancas, às feiras tradicionais, passando pelas mostras e provas de vinhos e outras iguarias, a até Jazz.
É praticamente impossível colocar na agenda tantos eventos que se realizam, diria eu, em todos os concelhos vizinhos e perceber que há enchentes em todos eles.
Por isso digo, é Portugal em festa!
Oxalá, haja possibilidade proporcionar tanta festa neste país durante muito tempo.
No entanto, não há como deixar de pensar, num país em que “aparentemente” os problemas são tantos e a todos os níveis, educação, saúde, justiça, habitação, como é possível a população andar em festa ao fim de semana e pensar em prestações da casa juros, inflação, quebra de poder económico, emprego precário durante a semana?
Já sem querer, sequer abordar o cenário que se vive no setor de calçado em Felgueiras e qual será o seu futuro próximo.
Sem querer ser desmancha prazeres ou pessimista (que não sou), confesso com preocupação que este estado de festas constantes, que tão bem faz as pessoas poderá não ser sinónimo de qualidade de vida e felicidade.
Oxalá as minhas preocupações sejam infundadas!
Uma última nota! Para lá do cortejo das flores do dia 29, que é maravilhoso, as marchas populares foram, na minha opinião, o momento alto das festas e envolveram a nossa população, as associações, as juntas, as escolas e as igrejas.
Haja condições para as fazer num lugar mais digno, mais bonito e central e quiçá com mais colaboração para com quem as prepara. De qualquer forma fica o registo de uma noite colorida, com a azáfama das marchas, com todas aquelas coreografias, roupas e adereços, música, alegria e todas as horas de ensaios e dedicação dos pequenos e graúdos.
Talvez seja esta aposta com mais sucesso nas nossas festas de São Pedro!
Parabéns às oito marchas que participaram e que se envolveram numa noite que foi digna de registo. Foi lindo!
Susana Faria