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São Pedro

O formato mudou no ano de 1996. As festas de São Pedro, com um programa mais vasto e mais aliciante, ganharam um novo brilho, sobretudo, pelo agradável número novo introduzido no sábado antes, quando um Cortejo de Flores, contando com centenas de pessoas, principalmente crianças oriundas e organizadas pelas escolas, conferiram às artérias por onde passaram, uma alegria indescritível e uma panóplia de coloridos jamais antes vistos.

Naquele ano, apreciadas por muitos, mas já contestadas por alguns outros, as Escolas de Samba conferiam à festa um colorido apreciável mas também reprovável, sendo este escriba, um daqueles, que a par de muitos outros, achavam que tais números sambáticos não deveriam integrar o programa da romaria do S. Pedro.

No entanto, desde esse ano de 1996, sendo Fátima Felgueiras presidente da Câmara, as festas do S. Pedro readquiriram mais brilho e mais valor, por nesse ano, o seu programa, pela primeira vez,  passar a integrar o fresco e faustoso Cortejo das Flores, o qual  e por forma ininterrupta, jamais deixou de fazer parte do programa das festividades.

Depois de 1996, jamais deixei de ser um observador atento da passagem do Cortejo das Flores, de tal forma que, em 2022, num texto por mim escrito no ano de 1997, decidi imortalizar o mesmo num novo livro, este, com fotografias de outras edições, lançado recentemente na Lixa, aquando do 28º.Aniversáro da sua cidade.

Este ano, vinte e sete anos após do primeiro desfile do Cortejo das Flores dedicado à Romaria do S. Pedro, fiquei durante perto de duas horas,  a ver passar o desfile, glosando com satisfação e entusiasmo contido todos os momentos alegóricos dos inúmeros representantes,  que cantando e dançando, tanto deliciaram quem os viram e quem os ouviram.

Sem nunca deixar de observar os principais sinais que o mesmo nos ofereceu, verifiquei que este Cortejo de Flores se apresentou mais genuíno com relação às tradições e aos valores culturais que cada grupo etnográfico ou folclórico representa e sempre deverá ostentar, ao contrário de alguns anos anteriores, onde já eram visíveis alguns sinais de índole carnavalescos.

Todavia, numa escala de valor acrescentado, não deverá restar qualquer dúvida que, desde 1996, data do primeiro desfile do Cortejo das Flores, este tem vindo a crescer em brilhantismo e valor, não obstante, este ano, também ter encontrado inúmeras pessoas a sustentarem, que em anos anteriores já tivemos melhores desfiles.

Crédito: Lucas Neves

Sendo muito difícil de fazer comparações com quaisquer anos anteriores, importa salientar que o desfile deste ano se apresentou mais global e mais acolhedor, tendo patenteado mais e melhores registos de representação artística no domínio da defesa dos valores tradicionais intrínsecos a cada uma das instituições representadas nas freguesias que subiram em festa até ao centro da festa onde se deveria celebrar o São Pedro, uma  centralidade que nenhuma justificação deverá ser valorizada para sustentar a centralidade perdida.

Com mais figurantes,  mais brilho, mais alegria e mais esplendor, o Cortejo das Flores constitui o momento maior desta romaria secular, contribuindo para que os festejos deste ano do São Pedro tenham sido mais aprazíveis, maiores e mais bonitos, importando, tão só, sublinhar a importância social que os mesmos continuam a representar e a desempenhar na e para a felicidade colectiva de milhares de felgueirenses, todos eles especialmente agradados com o vasto programa colocado à suas disposição.

De salientar, porém, uma nota especial para a representação da União das Freguesias de Vila Cova da Lixa e Borba de Godim no Cortejo das Flores, que depois deste concluído, todos os anos, regressa ao seu espaço territorial, para, num sã convívio,  continuarem a celebrar o São Pedro, desta feita, no Parque de Merendas de Borba de Godim.

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