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Em Felgueiras não temos disto

No intervalo desta e da anterior edição deste jornal celebrou-se o Dia Mundial do Ambiente.

Neste período propício para a reflexão, em que muitos de nós deveriam estar  mais focados na construção da criação de condições para os problemas globais do clima e o que estes representam para o  meio ambiente com que todos os dias nos defrontamos, do que nas estafadas novelas em redor da Comissão de Inquérito à TAP, valerá a pena parar um pouco e de seguida  olhar de frente para o papel que cada um de nós poderá desempenhar em benefício do planeta. E paralelamente interrogar-nos: e os municípios? e as freguesias? qual é o seu desempenho e o que é que de forma constante e sustentada já deveriam estar a fazer?

Domingo, onze de junho, quatro horas da tarde, Parque de Lazer de Macieira da Lixa

Em Felgueiras não há nada tão bom assim” – foi a primeira frase que ouvi proferida por uma jovem que ali chegou exactamente no mesmo momento em que eu também cheguei! … deixando-me desde logo a pensar se se referia a Felgueiras-Cidade, ou a Felgueiras concelho!… pouco importando para o caso por tal ser verdadeiro em ambos os contextos.

Com um intenso e saudável cheiro a hortelã, o espaço convida à fruição de toda a sua riqueza, tendo sido o que fiz pelo menos durante as quase duas horas seguintes.

Passeando devagar pela parte interior do parque sobranceira à Ribeira aí existente, fiquei fascinado pelos ruídos melodiosos da correnteza da água, a par de alguns outros que ecoados por entre as árvores e cujo vento soprando silenciosamente tanto nos abraçava, parei dezenas de vezes e tão só para exalar todos os odores libertadores que o parque nos proporciona, os quais nos convocam para uma fruição completa de todos aqueles momentos de silêncio e de lazer, como se os mesmos estivessem a correr o risco de acabar, mantendo-nos permanentemente ocupados e embevecidos também e ainda com a beleza sonora que de quando em vez algumas aves nos apresentavam, voando e cantando por entre e por cima da imensidão do parque.

Com equipamentos adequados e suficientes para o meio e para os fins onde se situa, com alguns bangalós e com mesas de serviço para lanches em abundância, apenas me surpreendeu o facto de o espelho de água situado no centro do parque não ter peixes nem moedas, os peixes para contentamento dos mais pequeninos e as moedas para distracção e gozo dos respectivos visitantes.

Mas que é um espelho d’água muito esbelto, muito encantador  e com muito interesse isso é inegável, se mais não for, pela beleza estética que empresta  ao conjunto.

Por motivos diversos, já tinha passado algumas vezes pelos caminhos que nos conduzem ao parque, sem nunca me ter introduzido no interior do mesmo. Gostando desde há muito tempo a esta parte, da sua localização e do seu natural enquadramento paisagístico, não poderia agora deixar de escrever esta crónica, manifestando total acordo com a expressão daquela senhora quando afirmou que “em Felgueiras não há nada tão bom assim“, acrescentando eu agora, ser apenas lamentável que em Felgueiras continue a faltar tanta coisa boa assim, particularmente pequenos registos no domínio da criação de mais estruturas amigas do lazer, sem de nenhuma forma – como é o caso desta – prejudicar o ambiente.

José Quintela

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