No último fim de semana Felgueiras recebeu mais uma prova do Rali de Portugal.
Ao contrário de alguns daqueles que só por motivações políticas consideram que este evento constitui “um investimento supérfluo” na vida do município, a verdade é que assim não é, por serem bem visíveis a grandeza social e o retorno financeiro que o mesmo constitui e consagra para a economia local.
Outrossim, para a felicidade colectiva de muitos milhares de felgueirenses, mas não só, que maravilhados com a sua performance acompanham fascinados e ao pormenor todos os movimentos da prova.
Pessoalmente não sou um grande entusiasta do desporto automóvel, mas, ainda assim, jamais deixo de me contagiar com o fascínio das perícias dos pilotos e com o frenesim dos aficionados, primeiro pelo monte de Santa Quitéria acima e no final pelo mesmo abaixo, em absoluta apoteose como se cada um deles fosse o principal artista na condução de um desses bólides.
O mesmo sucede em relação ao Ciclismo, onde os pequenos registos sobre a passagem por Felgueiras da Volta a Portugal constituem um enorme gozo para os amantes da modalidade, mas, também, importantes ganhos financeiros para a economia local, mormente ao nível da restauração, do comércio alimentar e do turismo.
Por conseguinte, tal como no passado aconteceu com Fátima Felgueiras, são de facto muito positivos para o concelho todos os registos das provas desportivas que anualmente acontecem ao nível do Rali e do Ciclismo, por essas se constituírem em jornadas maiores de afirmação e felicidade local no panorama desportivo do concelho.
Este ano, contando o município com dois momentos distintos de realização de provas do desporto automóvel, ambas contando ou no quadro do desenvolvimento do campeonato de Rali de Portugal, importa assinalar que o proveito suplanta o custo, mas ainda que assim não fosse, manda o relevante interesse social e económico concelhio continuar a acolher essas provas, independentemente do custo financeiro e social que tal possa representar para as contas do município.
O mesmo se dirá no que concerne aos registos sobre Volta a Portugal em bicicleta, por ser enorme a grandeza social da realização de eventos desta natureza no concelho, não devendo, no futuro, ser mais importante detalhar o custo que o município tenha que suportar, do que deixar de acontecer.
Sejamos claros: tal como no passado já aconteceu, é e continuará a ser importante que o actual poder municipal, depois de recuperados estes dois eventos de suprema beleza e grandeza social e económica para o Felgueiras, tudo faça para os manter anualmente no panorama desportivo municipal, na certeza de que os mesmos, foram, são e continuarão a ser muito positivos para a felicidade e o bem estar pontual de milhares de felgueirenses, constituindo-se desde sempre numa mais valia sócio-económica de enorme relevância para a a vida social e a imagem do concelho.
Voando de carro sobre a terra do monte de Santa Quitéria abaixo, ou subindo o mesmo de bicicleta pelo asfalto, estas duas provas são um sinal indelével de que a riqueza e a felicidade de um povo não se certificam apenas no conjunto das vidas e das actividades profissionais que pessoalmente cada pessoa constrói, mas, também, e não raras vezes, pela magnífica simbiose que os espectáculos culturais e desportivos lhes proporcionam, não devendo restar quaisquer dúvidas sobre a importância da realização anual destas duas provas desportivas no espaço concelhio.
No entretanto, e para seu natural efeito, será igualmente importante não relevar todas e quaisquer considerações negativas de carácter político, que numa ou noutra circunstância possam acontecer e que só por mera politiquice tendam a sustentar o contrário, porque, o que realmente interessa, é continuar a fazer o que neste domínio vem sendo feito.
José Quintela