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Reabilitação Respiratória

As doenças respiratórias crónicas, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), Asma, Fibrose pulmonar, entre outras, alteram significativamente a qualidade de vidas das pessoas. Provocam dificuldade respiratória progressiva, limitação nas atividades de vida diárias e restrições na participação social e profissional.

A Reabilitação Respiratória (RR) é uma intervenção de saúde abrangente, no sentido em que não se restringe à doença pulmonar, mas às várias repercussões físicas e psicológicas impostas pela doença respiratória. É interdisciplinar (nela intervêm equipas constituídas pelos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, entre outros). Esta intervenção inclui diferentes medidas terapêuticas (farmacológicas e não farmacológicas), que pretendem melhorar o desempenho físico e psicossocial e promover a adesão a longo prazo de comportamentos e estilos de vida que beneficiam a saúde.

O ensino, instrução e treino das técnicas de controlo da respiração, têm como objetivo capacitar os doentes para respirar melhor e nos casos frequentes de tosse, os doentes aprendem a tossir de forma mais eficaz e a limpar os seus brônquios do muco que vai sendo produzido.

A autogestão da doença e do seu tratamento implicam, entre outros aspetos, que o doente aprenda a identificar as exacerbações e a saber o que fazer em cada caso, nomeadamente a hidratar-se, a desobstruir os brônquios, a cumprir a terapêutica prescrita, principalmente a terapêutica inalatória.

Por outro lado, a componente do exercício físico inserido nos programas de RR visa capacitar os doentes a realizar as tarefas diárias que envolvem esforço físico, com menor dispneia e fadiga, maior autonomia e independência.

Um melhor controlo da doença, menor número de infeções respiratórias e de hospitalizações conduzem ainda à melhoria da qualidade de vida e ao aumento da esperança de vida.

É reconhecida a insuficiente resposta em programas de RR no panorama nacional. De acordo com os dados mais recentes, apenas 2% dos doentes com indicação para integrar programas de RR têm acesso a eles. Esta lacuna é explicada pelo reduzido número de centros, na sua maioria situados nas unidades hospitalares dos grandes centros urbanos e no litoral do país, limitando deste modo a acessibilidade e a adesão dos doentes que residem no restante território nacional.

Pelos aspetos acima expostos, para aumentar a oferta de programas de RR será necessário dotar os centros já existentes de maior capacidade de resposta, alocando mais profissionais, espaços e equipamentos. Mas é igualmente necessário, investir na formação dos profissionais de saúde na área da RR.

Na UCC Felgueiras, os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, conscientes desta necessidade, têm procurado facilitar o acesso dos utentes com DPOC a uma consulta de enfermagem especializada e/ou sessões de educação para a saúde com o objetivo de num futuro próximo implementar na nossa comunidade um programa de RR.
Fiquem atentos em benefício da Vossa saúde.


Um conselho da UCC Felgueiras.
Enfermeiros:
Carla Costa e Luís Lopes

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