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InícioOpiniãoVultos na “Paisagem Cultural” do Concelho de Felgueiras I

Vultos na “Paisagem Cultural” do Concelho de Felgueiras I

Moisés de Lemos Martins
Na data em que completou 70 anos, este felgueirense natural da Lixa, professor Catedrático de Sociologia e Ciências da Comunicação, pronunciou no passado dia 6 de Março a sua aula de Jubilação. Com um anfiteatro a abarrotar, a cerimónia foi presidida pelo Reitor da Universidade do Minho que fez a sua comunicação muito prestigiante para o nosso conterrâneo e meu amigo pessoal. Seguiram-se depoimentos de colegas do seu Departamento e finalmente a sua “Aula” que quis fixar a sua trajectória humana e académica. Dedicou as suas palavras aos amigos e colegas de infância, desde o Seminário de Oleiros, Lagares, onde iniciou os seus estudos, com vários presentes companheiros para sua alegria e nossa: vários colegas e amigos, com destaque para o Dr. Manuel Faria e família, o Prof. Hermenegildo, da Universidade Nova de Lisboa, já jubilado, o Dr. José Leite e este “escriba”. Muitos alunos, antigos e actuais, quiseram associar-se a esta homenagem que foi feita a um ilustre felgueirense que nos honra a todos e faz jus à excepção daquela peregrina ideia de que, na nossa terra, não se liga à cultura e ao conhecimento. Esperamos vivamente que o seu espírito vivo, crítico e “ácido”, como o caracterizou o Reitor, nos venha a surpreender com iniciativas e actividades de que o “Museu Virtual da Lusofonia” é um exemplo. E assim nos ajude a trazer à Pólis o cunho da Liberdade e da Democracia que a sua actividade,no âmbito das Ciências da Comunicação, nos veio e tem vindo a fazer enriquecer, em termos de valores e de atitudes. Para lá de todas as modalidades de extremismos xenófobos, racistas e retrógrados de que o nosso mundo não precisa e infelizmente muitos ajudam a querer tornar ou retornar de um limbo que julgávamos teria sido varrido, como o cardeal J. Ratzinger, o Papa Bento XVI acabou por decretar “desaparecido”. Moisés, o profeta da Bíblia, salvou o povo judeu da escravidão do Egipto; o nosso, nem profeta, nem adivinho,mas investigador infatigável, com dezenas de livros publicados e artigos, em revistas e jornais, nos ajude a levar a uma “terra prometida”: de Liberdade e Democracia.

José Melo

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