O eurodeputado José Manuel Fernandes esteve esta sexta-feira, dia 17 de março, numa visita de trabalho à empresa Carité, em Felgueiras.
O encontro começou de manhã na APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de pele e seus Sucedâneos, onde decorreu uma reunião de trabalho.
O objetivo deste encontro foi conhecer de perto a realidade do sector, recolher as necessidades e eventuais contributos que possam surgir para o trabalho parlamentar que o eurodeputado tem vindo a desenvolver, assim como dar a conhecer as medidas de apoio da União Europeia para as empresas.
A acompanhar a visita esteve uma comitiva que incluía Reinaldo Teixeira, dono do grupo Carité e presidente do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) e Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da APICCAPS.
O eurodeputado refere que “uma coisa que acontece em Portugal e nos retira competitividade é a carga fiscal. Temos uma carga fiscal enorme, onde os próprios trabalhadores tem salários mais baixos e pensam que os empresários pagam menos, quando é o Estado que fica com quase metade do salário bruto”.
José Manuel Fernandes defende que Portugal deveria ter um instrumento para a capitalização, que possibilitasse que os custos financeiros que tem com os empréstimos fossem reduzidos e que a dívida pudesse ser paga durante mais tempo, defendendo que há instrumentos europeus para isso.
“Era essencial que o Banco de Fomento tivesse musculo, fizesse o seu trabalho. Se não o puder fazer, há o Banco Europeu de Investimento (BEI) e um instrumento que se chama InvestEU” defende. E considera que o governo tem obrigação de apoiar as empresas com instrumentos de capitalização para puderem suportar todas as dificuldades que existem neste momento para serem mais competitivas e isso possibilitaria que num mundo global esta indústria, que é essencial e que tem crescido graças à força, capacidade e competência destes empresários se mantenha.
O eurodeputado defende que “se o governo diminuísse os impostos e a carga fiscal que é brutal, os próprios trabalhadores teriam um melhor salário e veriam o seu rendimento reforçado”. Considera que Portugal tem um problema com os baixos salários e que deveria ser um desígnio nacional aumentar os salários de todos, públicos e privados, mas que para isso seja possível é fundamental criar riqueza.
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