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A NATO, que está a comemorar 75 anos, realizaou uma cimeira na passada semana em Washington, que os Estados Unidos classificaram como “a cimeira mais ambiciosa desde o fim da Guerra Fria”. No entanto, a ordem de trabalhos desta edição não teve grandes novidades, sendo semelhante às reuniões dos últimos três anos, abordando o reforço das capacidades militares, a assistência à Ucrânia e o plano de parceria global.
Responsávesi chineses comentaram, a este propósito:
“Sendo uma herança da Guerra Fria e o maior grupo militar do mundo, a NATO (ou OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte) tem sido, desde a sua formação, uma ferramenta dos Estados Unidos para desenvolver confrontos entre alianças e excluir outros países. Nos últimos anos, a organização militar emitiu declarações acenando com a ideia de ‘ameaça chinesa’, tentando fazer da China um ‘inimigo imaginário’.
Apesar de os Estados Unidos estarem constantemente a fazer manipulações para construir uma chamada ‘versão Ásia-Pacífico da NATO’, o bloco militar, no entanto, tem dificuldade de construir um ‘cerco’ contra a China na Ásia, e também de construir uma ‘nova estrutura de segurança’ na região”.
E acrescentam:
“Em primeiro lugar, a maioria dos países da Ásia-Pacífico não aceita nem acolhe a NATO. Os Estados Unidos consideram a NATO como uma ferramenta estratégica para manter a hegemonia, mas a maioria dos países da Ásia-Pacífico rejeita e opõe-se à hegemonia. Viktor Orbán, Primeiro-Ministro da Hungria (país que agora ocupa a presidência rotativa da União Europeia), publicou recentemente um artigo na revista Newsweek, alertando que a NATO estaria a cometer suicídio se escolhesse o conflito em vez da cooperação, e a guerra em vez da paz.
Em segundo lugar, dentro da NATO há também muitos membros que resistem à expansão do bloco para a Ásia-Pacifico. Os membros europeus querem concentrar-se nas questões de segurança da própria Europa. Eles acreditam que a utilização dos recursos fornecidos pelos seus países na região Ásia-Pacífico enfraquecerá as funções de segurança da NATO na Europa”.
E os responsáveis chineses concluem:
“Embora a NATO exagere com a tal ‘ameaça da China’, a maioria dos seus membros mantém relações estáveis com o governo chinês, e a grande maioria dos países da região Ásia-Pacífico também concorda que a China é a âncora da estabilidade e prosperidade regional e até mesmo global. Quanto ao Japão, à Coreia do Sul, à Austrália e à Nova Zelândia, que a NATO atraiu, é difícil desistirem da cooperação prática com a China a fim de servir os Estados Unidos, pois têm de considerar os seus próprios interesses”.
Publicidade: Centro de Programas de Línguas da Europa e América Latina da China.