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ACLEMem a falta de arte, cultura e lazer

A Casa das Artes encontra-se encerrada desde 2020, tendo em 2021 servido de centro de vacinação contra a COVID19 durante um curto espaço de tempo. Cerca de três anos encerrada, porquê? As respostas dadas às pessoas são muito vagas. Temos informação (fornecida por parte de um vereador) que o edifício tem problemas de infiltrações. Qual é o retorno do investimento feito no edifício na vida dos felgueirenses? Um espaço raramente aberto faz um desserviço à cidade. Um local fechado não traz nenhum retorno, seja ele monetário ou não. A Casa das Artes, numa perspetiva liberal, deveria servir como apoio às organizações culturais/artísticas que pretendam expor o seu trabalho, sejam eles locais ou migrantes. Desta forma, deveria ser papel da CM/ACLEM incentivar ao seu uso por parte de quem queira divulgar o seu trabalho. No que depender dos nossos responsáveis, os felgueirenses que não se queiram deslocar a outros municípios, terão como auge a visita aos hipermercados presentes no concelho. Sendo dos municípios com rendimentos médios mais baixos em Portugal, a ida a estes estabelecimentos dificilmente se consegue traduzir em “fazer compras”, permitindo apenas uma visita.
Isto leva-nos a reflectir sobre o evidente paradoxo que existe no sector da cultura no município. Por um lado, afirmam que é preciso mais Estado e, portanto, existe uma empresa municipal exclusivamente dedicada ao sector. Por outro, estamos perante um concelho com dinamismo e oferta cultural muito limitada, sendo o único objectivo entreter a população com as mesmas festas de sempre, nos mesmos moldes de sempre. O sector da cultura esteve em suspenso quase dois anos devido ao COVID mas não foi tempo suficiente para os nossos decisores políticos repensarem e apresentarem uma agenda cultural atractiva, dinâmica e plural. A Iniciativa Liberal acredita que deve ser estimulado o empreendedorismo nas artes.
A ACLEM, entidade responsável pela Casa das Artes e pelo Sentium Aula, desde 2009, já arrecadou cerca de 7 milhões de euros no somatório dos vários orçamentos municipais. Mesmo com os dois edifícios fechados a ACLEM tem feito múltiplos contratos maioritariamente por ajuste directo. Por ser uma empresa sem sustentabilidade financeira, em estado vegetativo e que não cumpre o seu objectivo final, faz sentido questionar o porquê de a ACLEM não ter sido ainda extinta, ou será que apenas serve para alimentar boys e girls?

Fábio Lourenço Peixoto

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