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Prevenção de Úlceras por Pressão

O envelhecimento demográfico nos países desenvolvidos é um facto que por si só implica preocupações sociais, económicas e de saúde das populações, tendo como consequência o aumento de pessoas em situação de dependência, exigindo assim que as famílias adquiram competências para lidarem com os novos desafios: cuidar dos seus membros dependentes. Importa compreender quais as necessidades do familiar cuidador, e assim se tornarem parceiros no cuidar, minimizando as complicações e promovendo o bem-estar do seu familiar dependente. Como enfermeiros na Unidade de Cuidados na Comunidade de Felgueiras, temos na maioria como parceiros nos cuidados aos utentes em situação de dependência um familiar cuidador, recaindo sobre estes um papel fundamental no cuidado a estas pessoas e na prevenção do aparecimento de úlceras por pressão.
As úlceras por pressão constituem um problema de saúde pública e um indicador da qualidade dos cuidados prestados, causando sofrimento e diminuição da qualidade de vida dos doentes e seus cuidadores podendo levar à morte. Mais importante que o tratamento é a prevenção destas lesões. Uma úlcera por pressão significa um dano ao tecido ou à pele que ocorre quando há uma diminuição da circulação sanguínea provocada pela pressão aplicada de forma continuada a uma área específica. Inicialmente, é possível observar uma ligeira vermelhidão na área afetada. O tecido subjacente morre devido à deficiência de irrigação sanguínea. Podem ser afetadas várias camadas de pele, músculos e ossos. A região do sacro, os calcanhares, os cotovelos e as omoplatas são áreas consideradas de risco elevado.
A identificação de indivíduos que correm o risco de desenvolverem úlceras por pressão e o início das medidas preventivas são passos muito importantes para a redução deste tipo de lesões. Conhecem-se como fatores de risco o envelhecimento; situação de dependência; Tabagismo; Condições da pele: elasticidade, edema, secura; Hipoxia em tecidos, causada por doença subjacente; Anomalias nutricionais (excesso de peso ou peso insuficiente); Nível alterado de consciência; Incontinência; Mobilidade reduzida; Higiene deficiente, bem como o desconhecimento dos danos potenciais.
Uma das medidas preventivas mais simples e eficaz é mudar frequentemente a posição do utente. Caso o utente não consiga mudar de posição sozinho, deverá ser ajudado. As pessoas acamadas devem mudar de posição pelo menos uma vez de duas em duas horas. Uma pessoa em cadeira de rodas deve igualmente mudar de posição. Caso já exista a formação da úlcera, deve evitar-se que a mesma seja sujeita a pressão adicional. Assim, a ferida terá mais hipóteses de cicatrizar. É importante uma dieta saudável e equilibrada com um consumo adequado de proteínas, vitaminas e minerais ajuda a prevenir os danos na pele e irá ajudar as feridas a cicatrizarem mais depressa. Se necessário, o doente poderá ser reencaminhado para um nutricionista. Deve inspecionar-se as áreas da pele que estão diariamente em risco. Pode utilizar um espelho para ver as partes do corpo mais difíceis de observar, como as coxas e os calcanhares. Caso note alguma alteração, descoloração da pele (vermelhidão permanente, cor acastanhada) deve contactar o seu médico(a) de família ou enfermeiro(a) de família.


Um Conselho da UCC Felgueiras.
Enfª Susana Mesquita; Enfª Carla Costa; Enfª Graciosa Ribeiro

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