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ARTE E SAGRADO (na escultura de Ilídio Fontes) – Livro de José Melo

A vida é feita de diversificadas sensações, condimentada ou insossa mediante as vivências relativas. Tendo bom sentido quando e enquanto dá gosto. Como quem chega a avô sabe que ter netos é ter afetos, sentindo redobradamente o que é gostar desses rebentos que dão ser e continuidade à vida; bem como quem tem filhos, plantou árvores e escreveu algum livro sente algo especial por andar no mundo. Também assim, embora em escala diferente, mas sensível, ressoa nos nossos sentidos o dom da vida de algum livro que surge como segmento de alguém com que nos identificamos. Como é o caso agora com “ARTE E SAGRADO”, de José Melo, sobre “O Sagrado na escultura de Ilídio Fontes”. Obra literária saída de pessoa de boa relação, sendo livro cativante, quão logo se lê com interesse ao primeiro olhar e de seguida se lhe toma apetite. Como aqui o autor destes apontamentos teve ocasião de se inteirar, ao ter em mãos esse volume de qualidade gráfica a condizer.

Ora o autor dessa obra, o Dr. José Melo, é um conterrâneo felgueirense, de fácil amizade e admiração pessoalmente granjeada à sombra das letras dedicadas a temas comuns, nomeadamente pela nossa ligação à memória do felgueirense Padre Luís Rodrigues. Com suas raízes naturais e afetivas brotadas por Penacova e Lagares, mas naturalmente alastradas por todo o concelho felgueirense também natal do Padre Luís da Lapa e aqui deste seu amigo destas regrazinhas de apreciação. Sendo ele, José Joaquim Leite de Melo, até ainda há pouco tempo professor de Filosofia, e sempre continuando filósofo de missão pela vida adiante.

Aposentado da Escola Artística de Soares dos Reis, do Porto, José Melo lecionou aí consecutivamente durante cerca de 30 anos, tendo anteriormente exercido essa função docente na Escola Secundária de Gondomar. Enquanto já anteriormente, tendo sido colega do Professor Ilídio Fontes, até à aposentação deste, foi por ele desafiado para escrever sobre a sua Arte Sacra.

Para uma melhor análise, seguimos o que o próprio autor anotou: «A ideia central que orientou a temática do livro foi a de realçar a identidade da Escultura, e em particular a de carácter religioso, mas também reforçar uma tese fundamental que nada possui de extraordinário, mas é, com muita frequência, secundarizada. No contexto de uma grande efervescência criativa da Arquitectura religiosa (veja-se apenas o exemplo da Basílica da Santíssima Trindade em Fátima, a Igreja de Santa Maria do Marco de Canaveses, A Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Lagares, Felgueiras, ou a cripta da Igreja de Rio Tinto), pareceu muito paradoxal e estranho que a Estatuária e as Imagens religiosas se mantivessem numa linguagem plástica, estético-artística, demasiado academistas ou “clássicas”, como se os verdadeiros criadores de imagens devessem ser “apenas e só” os chamados Santeiros, sem menosprezo pela qualidade de muitos. Foi esta temática que orientou a elaboração do texto, cujo contexto pictórico e gráfico é da exclusiva competência de Mestre Ilídio Fontes que quis, de modo singular, exprimir a dimensão pedagógica da sua obra, incluindo no livro esquissos, desenhos, ensaios, por forma a realçar o trabalho de elaboração mental (e manual obviamente), da actividade de um artista que continua, aos 83 anos, a executar diariamente, no seu ateliê, aquilo que acabou por ser a sua vocação. »

O livro teve entretanto já apresentação pública na Maia e no Porto. Havendo-se intrometido de permeio as restrições e cautelas da pandemia Covid, está ainda em mente também tal ocorrer proximamente em Felgueiras.

Como se sabe, mas nunca é demais confirmar, com mais isto, ainda Felgueiras tem gente de grande estaleca cultural, quão vai dando letras ao mundo da escrita, em apreço às artes.

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