Os socialistas têm procurado convencer-nos, ao longo de demasiados anos, que a culpa do empobrecimento de Portugal é da iniciativa privada e querem agora convencer-nos que a culpa do descontrolo da COVID-19 no nosso país é de cada um de nós, indivíduos.
A táctica socialista é sempre a mesma: criar a ilusão de que a solução é o problema.
O truque tem como intuito fazer-nos acreditar que o receio dos socialistas é que, como indivíduos, não sejamos capazes de nos governar, quando o que realmente os preocupa é que descobramos que somos capazes de nos governar muito melhor sem eles.
Assim como na economia a realidade demonstra que a governação socialista determina péssimos resultados, também na saúde se sente já o impacto catastrófico da actuação socialista na resposta à pandemia.
Nesta crise, o Governo do PS, apoiado pelo BE e pelo PCP, tem tido um comportamento incoerente, inconsistente e discriminatório, baseando, frequentemente, as suas decisões em interesses políticos e gerando desconfiança.
Para além disso, desde há muitos meses, o Governo podia e devia ter procurado chegar a acordo com os sectores privado e social da saúde para a adequada gestão da crise sanitária, sendo que com isso teria poupado muitas vidas colhidas pela COVID-19 e pelas outras doenças; não o fez por preconceito ideológico e, mais uma vez, por interesse político.
É por isso, também, que, perante uma acção governativa caótica, é ainda mais importante que, individualmente, assumamos a responsabilidade de utilizar a nossa liberdade de forma solidária, adoptando as sobejamente conhecidas medidas preventivas da COVID-19, como são o uso de máscara e o distanciamento físico.
Sabemos que medidas restritivas que prejudiquem a economia têm consequências sociais devastadoras e que, por essa via, a saúde dos Portugueses será, também, inevitavelmente, afectada, como aliás já se verifica. Muitos Portugueses, com recursos económicos mais escassos, não conseguem aceder, em tempo útil, a cuidados de saúde, como consultas, exames e tratamentos, sendo que esta realidade se agravará.
Deste modo, perante as inconsistências e más decisões, algumas deliberadas, do Governo, se não queremos e não podemos parar a economia, devemos fazer todos os esforços individuais para que as nossas actividades, pessoais e profissionais, possam continuar a realizar-se na máxima segurança possível.
Se assim fizermos, não nos faltará legitimidade para exigir responsabilidade governativa e punir eleitoralmente no futuro os que têm gerido de forma incompetente esta crise pandémica e hipotecado a nossa economia.
Se, mais uma vez, os socialistas nos querem apresentar como problema, demonstremos que somos a solução.