Na tarde do passado dia 25 de Abril, o Largo Alexandre Herculano revestiu-se de mais encanto. Para festejar Abril, o “MAIS” – novel Movimento Associativo de Intervenção Sócio Cultural -, sediado em Felgueiras, instalou-se na parte frontal do Café Belém, oferecendo à população um momento cultural novo, fresco e muito marcante em torno da celebração do Cinquentenário do 25 de Abril.
Desprovidas dos tons repetitivos e bafientos, nessa tarde, o 25 de Abril foi diferente em Felgueiras, quando na rua se apresentou para celebrar junto do povo, evidenciando assim o seu ADN original e um sinal mais encantatório.
O 25 de Abril não é um acontecimento para celebrar dentro das Catedrais da Política Portuguesa, mas sim nas ruas, tendo sido isso o que aconteceu genuinamente na tarde desse dia em imensas cidades do país, particularmente no Porto e em Lisboa, mas, sobretudo, e simbolicamente, na cidade de Felgueiras, não no formato institucional, mas na sua genuína raiz popular, onde as Bandas de Música, inseridas numa verdadeira festa popular, mais profunda e mais global, também deveriam ter estado, não apenas para servir de ostentação ao poder, mas para com o povo celebrar o 25 de Abril. Foi pena, tão só porque quem tinha a obrigação de saber, na verdade não soube, neste dia deveras especial, celebrar condignamente o dia inicial do nosso reencontro com a história.
Cesária Santos e Ana Sofia Ribeiro de Melo , são, entre outras e outros, dois destacados rostos do Grupo “MAIS” que há alguns meses a esta parte se têm dedicado à organização e à dinamização de inúmeras actividades culturais, sociais e ambientais no concelho.
Tendo por objectivo principal tirar as pessoas de casa para virem para a rua, socializar, cantar e dançar, este Grupo também quer, e disso já tem dado provas, afirmar-se nas áreas da defesa do Ambiente, das Actividades Recreativas e das Tradições Culturais Concelhias, apostando sobretudo e permanentemente com renovadas energias, na descoberta de novos talentos e artistas, ajudando-os a promover os seus sonhos, as suas habilidades e as suas artes, sob o denominador comum de que o mais importante é promover regularmente pequenos apontamentos culturais e sociais, como forma de promover e dinamizar as cidades enquanto polos primaciais da vida recreativa, cultural e social do concelho.
Tendo promovido já, entre outras actividades, uma aula de Biodança na freguesia de Jugueiros, uma jornada de cinema na freguesia de Sendim, e agora, este evento de afirmação, exaltação e celebração do 25 de Abril na cidade de Felgueiras, este grupo, tal como todas as suas actividades já o indicam, não quer apenas ficar por ser conhecido pelo seu nome – “MAIS” -, porque o que mais deseja é continuar a multiplicar as suas actividades com a promoção de mais actos culturais, onde também pretende chegar ao Teatro como forma de abraçar com mais força o Artesanato e a Poesia num caminho progressivamente duradouro para, a final, dar mais visibilidade e amplitude à sua vida e ao seu futuro cultural no espaço regional em que se insere.
E como não podia deixar de ser, este novo movimento cultural, que faz questão de sublinhar que não advém de nenhuma geração rasca, também promete prestar a devida atenção à política, se mais não for, para com as suas actividades culturais ajudar a mesma a falar verdade, o que, no sentir delas, não ser isso o que geralmente acontece.
Um grupo que promete e que como os demais precisa e vai crescer contando com o apoio dos felgueirenses, já que, como mais uma vez sublinharam estas duas representantes, este “MAIS” é tão só um grupo de inclusão que tem como objectivo principal trazer as pessoas para a rua, sendo que, pelo que se viu na tarde do 25 de Abril em Felgueiras, já o estão a conseguir.