Simão Miranda, natural de Regilde, tornou-se, recentemente, presidente da Juventude Socialista de Felgueiras (JS). Sem lista de oposição, as eleições, realizadas a 4 de novembro, deram Simão e a sua lista como vencedora.
A lista, agora direção, é composta por cinco pessoas no secretariado e três na mesa da Assembleia, garantindo a paridade. E o anterior presidente da JS, Paulo Soares passa agora a presidente da mesa da Assembleia.
Simão Miranda garante que as pessoas que compõe a sua equipa são jovens que gostam de trabalhar, que já integram outros projetos, nomeadamente Mulheres Socialistas, Assembleia Municipal, Junta de Freguesia e Núcleo de Dadores de Sangue.
O presidente da JS contou ao SF Jornal o seu percurso até chegar a este cargo.
Atualmente estudante de mestrado em engenharia mecânica em Coimbra, relembra os tempos passados nas escolas de Lagares e na Trofa com carinho.
O seu percurso na Juventude Socialista começou em 2021, a convite de Paulo Soares e, como tinha interesse pelo associativismo, decidiu aceitar. Desde aí foi-se mantendo ativo, participando nos Congressos e nas atividades, nomeadamente no 25 de abril. Simão afirma que “primeiramente, entrei para ajudar, e depois as coisas proporcionaram-se” e cheguei ao cargo de presidente.
Segundo contou Simão ao SF Jornal, a tomada de posse decorreu num momento interno, sem nenhum momento aberto ao público. Esta decisão foi tomada com base na escassez de tempo, uma vez que o tem investido noutros projetos, nas divergências no partido. A demissão de António Costa também contribuiu para que fosse tomada essa posição, e para que apenas fosse feita uma publicação nas redes sociais para anunciar o novo presidente.
O presidente da estrutura concelhia vê este cargo como uma grande responsabilidade. Seguindo os passos de Paulo Soares, “que fez um excelente trabalho, e melhorar no que for possível”, diz. “Tentar angariar novos jovens que estejam dispostos a estar na iniciativa para continuarmos a fazer um bom trabalho, continuarmos a fazer política e a ajudar as pessoas”, expõe.
“A primeira coisa que queremos fazer é aumentar o número de jovens ativos”, e a partir daí, realizar atividades relacionadas com desporto, cultura, saúde. O que queremos é “tentar fazer política, tentar ter representatividade, tanto no Porto como a nível nacional”, admite.
Questionado sobre a Câmara Municipal e o executivo municipal, Simão Miranda mostrou o seu apoio e teceu elogios. “Fez um grande trabalho em redor da Câmara Municipal, que ficou muito direitinho. Agora, neste mandato está a apostar muito no Alto das Barrancas, uma coisa que para muitas pessoas pode não dizer nada, mas para mim, é muito bom estarem a criar milhares de postos de trabalho para pessoas qualificadas, e vai diversificar o emprego, em Felgueiras”, deixando de existir tantas famílias dependentes apenas do calçado, afirma.
Não esconde que existem pontos negativos. “Peca nas infraestruturas das estradas, temos obras que, além de demorarem muito, depois não ficam nas melhores condições”. “Muitas vezes, em Felgueiras, os jovens não são ouvidos e não lhes é dado o devido valor e falta atrair mais jovens”.
O presidente da JS afirma ainda que “cultura vai havendo, mas a nível desportivo falha”.
Simão Miranda não deixa de falar sobre a demissão de António Costa, “Foi uma coisa que nos apanhou de surpresa, mas foi o que ele achou que era melhor para ele e para o país tendo em conta as polémicas que estão a acontecer”.
É apoiante do candidato Pedro Nuno Santos, e pensa que o PS vai ganhar as próximas eleições, mas que, desta vez, sem maioria absoluta, acredita que “as pessoas se vão lembrar das coisas boas que o PS já fez pelo país”, e destaca os apoios à educação.
Termina a afirmar que a JS é importante e continuará a ser em Felgueiras para “manter os jovens ativos, promover a democracia, fazer com que os jovens sejam úteis para a sociedade, promovendo sempre a igualdade”, conclui Simão.
Beatriz Cunha