AE Lixa
Olá, estimados leitores do “Semanário de Felgueiras”. Eu sou a Rute, uma estudante do 12.º ano na Escola Secundária da Lixa. Venho partilhar convosco o último livro que li e que me despertou a atenção pela sua capa: “O Fiel Defunto”, um romance escrito em 2018 pelo autor cabo-verdiano Germano Almeida, vencedor do prémio Camões no ano de publicação deste livro. O autor tem um talento especial para contar histórias de falecidos que, antes de morrerem, tiveram uma vida muito ativa e cheia de peripécias.
Este romance explora temas como a família, a lealdade e as complexidades das relações humanas. A história é sobre um “escritor das ilhas”, o escritor Miguel Lopes Macieira, que foi assassinado momentos antes da apresentação do seu último romance. A morte do autor é apresentada logo no primeiro parágrafo. A partir daí, descobrimos os principais envolvidos na sua vida e na sua morte, bem como as pessoas que lidaram com o acontecimento e se aproveitaram dele em proveito próprio. Quem terá motivos para matar o escritor? Serão esses motivos suficientemente fortes? Se ficaram curiosos e querem saber o que realmente aconteceu, recomendo que leiam a obra, e acreditem que vão surpreender-se! O criminoso, aliás, é sempre a pessoa que menos esperamos. Mas também é um livro sobre “amores” que nos faz sentir pena das personagens, uma vez que, sempre que achamos que um romance vai dar certo, acaba por fracassar.
Na minha opinião, este é um livro que todos deviam ler, especialmente os fãs de ficção literária, pois é capaz de nos fazer questionar a nossa própria compreensão das pessoas que nos rodeiam. A escrita de Germano é simples, evocativa, rica e satírica, o que faz com que leiamos o livro com um sorriso no rosto e nos sintamos como se estivéssemos na ilha de Santiago.
Leiam o livro! Espero ter despertado a vossa curiosidade para quererem ler as suas páginas.
