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“Tem sempre de haver alguém que dê a cara pela terra!”

Nascido a 28 de fevereiro de 1955, na freguesia de Idães, Miguel Pinto é um homem de poucas palavras, mas muito orgulhoso e dedicado à terra que o viu nascer, crescer e onde sempre viveu.

Foi dirigente durante quatro mandatos, oito anos, no Centro de Recreio Popular da Povoação de Barrosas, na década de 80, e durante a sua presidência desta coletividade, foi um verdadeiro impulsionador da melhoria das condições do Clube.

Em conversa com o SF recordou a sua infância e o futebol que esteve sempre tão presente em todos os momentos. Contou que o seu pai jogava à bola e gostava de o levar a ver os jogos ao domingo à tarde e, por isso, acha que foi aí que começou a criar este vício que o perseguiu e cativou até idade adulta. Em miúdo, saía à rua para jogar à bola com os amigos da escola e só regressava ao entardecer. Eram belos tempos… Jogou futebol amador até depois dos trinta anos e pela sua ligação à terra, acharam ser uma boa opção à frente do Clube, cargo que aceitou e agarrou com entusiasmo.

Como tinham um campo de futebol já sem condições, procuraram um terreno que tivesse as dimensões necessárias para construírem um novo. Venderam o campo antigo e adquiriram o terreno que encontraram. Puseram mãos à obra! Em todos os momentos, Miguel Pinto recorda que foi o esforço da população em geral que culminou naquilo que é hoje o campo de futebol do Barrosas.

Falou na importância de todos se conhecerem bem lá na terra e que isso facilitou muito o processo. “Como todos nos conhecemos bem e amamos a nossa terra, bastava eu pedir e todos se prontificavam a ajudar da forma como pudessem”.

Atualmente já não acompanha os jogos porque confessa que “vibrava demasiado, até ficava doente”, mas está sempre atento aos resultados e continua a ajudar o clube da forma como pode. Diz que agora é tempo de deixar para os mais novos a vontade de trabalhar pela terra.

Miguel Pinto em entrevista com Elsa Ferreira. Foto: André Moniz

Mas a verdade é que o futebol não é a única área onde o senhor Miguel atua e deixa a sua marca. O Santuário do Bom Jesus de Barrosas, um dos mais tradicionais e importantes locais de devoção religiosa do concelho de Felgueiras, viu serem colocados os sinos que lhe faltavam nas torres com a sua ajuda e de outros empresários que se juntaram a si.

Na noite da Gala do Desporto em Felgueiras, em janeiro passado, Miguel Pinto foi o homenageado da noite ao receber o Prémio Carreira. Foi elogiada a sua dedicação à terra e o facto de ter incutido também nos seus filhos a missão do associativismo, como sinal claro da sua devoção em prol do desenvolvimento de Idães, do CRP Barrosas e do concelho de Felgueiras.

A nossa conversa terminou, como não poderia deixar de ser, no Campo de Futebol do Barrosas, onde o senhor Miguel mostrava com entusiasmo todas as obras que foram feitas com a ajuda da comunidade. Desde os balneários às bancadas, todas as infraestruturas tiveram a mão da população, algo que o orgulha e satisfaz.

Quando questionado acerca daquilo que pensava da sua terra, voltou a responder com poucas palavras “Quem é que não gosta da terra que é a sua?”

Elsa Ferreira

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