António Lopes tem 15 anos, é aluno do 10º ano na Escola Secundária de Felgueiras e é um jovem praticante de desportos motorizados, o Karting. Lançou-se no ano passado em provas de Karting e obteve bons resultados – uma em Espanha e uma em Braga que já contou pontos para o Campeonato.
Desde pequeno que António acompanha o pai, também ele um apaixonado pelo Karting, nas suas corridas e diz que aquele ambiente sempre o entusiasmou.
Este ano vai participar no Campeonato Epic Iberico, que conta com sete provas na totalidade, três realizadas em Espanha e quatro em Portugal. O Campeonato inicia já este mês de fevereiro no kartódromo de Fafe nos dias 18 e 19.
O atleta compete na Classe 3 Júnior – até aos 17 anos – e contou ao SF que treina diariamente com o pai em casa a parte física e ao fim de semana pratica na pista em Baltar (Paredes) ou Rilhadas (Fafe).
Provas são compostas por 17 voltas a primeira corrida e a segunda mais 17 voltas, em que entram para a grelha com o tempo que conseguiram na primeira volta. Costumam correr na Classe 3 Júnior cerca de 20 karts que atualmente já atingem até 130/140 km/h.
António conta que “o karting traz-me a liberdade de fazer as minhas escolhas. Analiso onde o adversário é mais rápido ou mais lento e decido o que fazer”. O pai não esconde o imenso orgulho que sente pelo filho, mas diz que “ele sabe que os estudos são a prioridade. Ele faz das tripas coração para mostrar sempre a sua melhor versão e já lhe disse que 50% do que ele dá na pista é a força mental que tem de trabalhar para ultrapassar as adversidades”.
“Tenho sempre a consciência quando algo é perigoso e me pode magoar a mim ou a quem corre comigo. Quando batemos roda com roda, por exemplo, pode haver um grande acidente. Aconteceu-me em Braga, mas mesmo assim consegui terminar a corrida em quarto lugar”, recordou o atleta ao SF.
O pai afirma que é um desporto que cria muita responsabilidade, obriga-os a concentração e reflexos muito rápidos.
Mais tarde até os pode tornar condutores mais responsáveis e atentos à estrada. O ponto negativo é que “é uma modalidade muito cara, desde o equipamento como o desgaste dos carros e há muita dificuldade em arranjar apoios para eles conseguirem evoluir”.
Os karts já têm computadores que avaliam os picos de velocidade e outras informações importantes e apostam na segurança acima de tudo.
Usam uma espécie de colar cervical, colete para se protegerem e capacete em todas as provas.
António já faz a manutenção do seu kart sozinho e diz que quer enveredar pela área da Engenharia Mecânica e estar sempre em contacto com a sua verdadeira paixão, os automóveis.
Elsa Ferreira
