Os alunos da Escola Básica/JI de Margaride, estão a levar aquecedores para as salas de aula para não passarem frio, desde que as temperaturas baixaram.
“Os alunos passam frio. As salas e o refeitório estão gelados”, asseguram os pais ao SF.
Para os alunos não sofrerem com as baixas temperaturas, levar os equipamentos para as salas de aula foi a alternativa que os encarregados de educação encontraram, numa altura em que o mercúrio dos termómetros está a baixar e o mau tempo se instalou.
No ano letivo passado a escola tinha ar condicionado, com máquinas já obsoletas sem a devida manutenção e, portanto, não funcionavam em condições.
O novo equipamento, máquinas de pellets, que foi recentemente instalado nas obras de requalificação da escola não funciona, não por falta de pellets, mas porque a potência contratada à E-redes não é suficiente para aguentar a máquina a trabalhar, refere um encarregado de educação que contactou a redação do SF jornal. “Então, instalam um equipamento numa escola pública sem saber se tem energia suficiente para funcionar? E se é possível aumentar essa potência? É inadmissível” comenta.
A situação é exposta por vários pais de crianças. Um dos pais contou-nos que o seu filho vai para a escola de aquecedor, mas que “não podem ligar todos os aquecedores, porque a luz vai abaixo”. E muitos alunos adoecem e tem que ficar em casa.
Uma outra encarregada de educação, que tem uma filha no segundo ano, lamenta que as crianças estejam a ser prejudicadas. Considera o problema “incompreensível”. “Estamos a falar de crianças, e também dos professores e auxiliares, que precisam de conforto para estar nas aulas. Não faz sentido estarem todos encasacados e de Kispo a aprender a ler e escrever”, explica.
Referem que o problema já foi exposto à coordenadora da escola, Graça Silva com quem o SF falou, mas que referiu “não posso manifestar-me nem pronunciar-me sobre este assunto. Este é um assunto da Câmara Municipal e do Sr. Diretor do Agrupamento”.
Também a associação de pais tem insistido na resolução deste problema, no entanto, a resposta por parte da autarquia é sempre a mesma “reportamos o problema a quem de direito”, referem elementos da associação, que entendem que estará diagnosticado o problema – a falta de potência na rede, mas ninguém o resolve.
O SF jornal pediu esclarecimentos, quer a António Sousa, diretor do agrupamento de escolas D. Manuel Faria e Sousa, quer à vereadora Ana Medeiros, mas até ao momento nenhum respondeu ao pedido de informação solicitado pela nossa redação sobre a questão da falta de aquecimento na escola.
A Escola Básica/JI de Margaride tem cerca de 200 alunos, dos 3 aos 9 anos.