Desde terça-feira que professores e auxiliares concentram-se em frente ao centro escolar de Idães. A escola está encerrada, sem aulas. Estão contra o sistema de avaliação dos docentes, a municipalização dos concursos e a não-progressão da carreira.
As greves do pessoal docente e não docente afetam grande parte das escolas do concelho, as do Agrupamento Escolar de Idães são totais, referem professores ao SF.
“Os professores defendem, primeiro, respeito. Temos uma vida completamente dedicada a assuntos burocráticos e falta-nos tempo para dedicarmos aos alunos e ao ensino propriamente dito, foi esse o motivo do nosso contrato e é essa a nossa missão todos os dias. Depois exigimos condições de trabalho que não temos e o reconhecimento do tempo que nos foi retirado injustamente e que inviabiliza que muita gente possa ter aspirações positivas sobre uma carreira que não é atrativa e que hoje se debate com falta de gente disponível para trabalhar e para poder educar as novas gerações.” refere um professor da escola ao nosso jornal.
“O que está em causa é toda uma comunidade educativa que se sente presa numa carreira que nós sentimos que não tem futuro, quando nós somos gente que trabalha para o futuro”, acrescentou uma outra professora, referindo que a ação de protesto contou com a adesão de toda a comunidade educativa.
“Eu tenho 27 anos de serviço e ganho o ordenado mínimo” diz-nos uma auxiliar da escola.
