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GENTE NOSSA: Cristiana Martins

Cristiana Martins, natural de Margaride, tem 29 anos e é licenciada em Solicitadoria pela ESTG. Trabalha atualmente na área de planeamento e compras numa empresa felgueirense. Apaixonada pelo setor têxtil, afirma, com humor, que não consegue controlar o “formigueiro” sempre que entra numa loja e vê uma camisa mal feita.

Qual e como foi a tua primeira experiência profissional?
Bem, vou falar não da minha primeira experiência profissional, mas sim da primeira em que me senti eu mesma, como se estivesse em casa: a Marfel.
Comecei com um trabalho simples, na produção, mas surgiu a oportunidade de integrar o departamento comercial. Sempre gostei do contacto com as pessoas, mas desenvolvimento de produto vai muito além desse contacto: requer muita responsabilidade e conhecimento para chegar àquilo que o cliente está a pedir.
Foi, sem dúvida, a experiência que mais me marcou, porque a partir desse momento soube qual era a minha vocação: ser comercial.

Se pudesses, terias mudado de área?
Tecnicamente já o fiz.
Sou apaixonada pelo setor têxtil, e não consigo controlar o formigueiro sempre que entro numa loja e vejo uma camisa mal feita (risos). Mas uma das maiores virtudes é saber quando a altura certa para mudar de rumo.
Trabalho agora com o setor do calçado, que é o forte felgueirense, não na área comercial mas no planeamento e compras.
Quero aprender tudo o que possa, sem perder o meu objetivo de vista.

Três palavras que te descrevam.
Persistência, lealdade e teimosia.

Qual foi o momento mais feliz da tua vida?
O nascimento do meu afilhado.
Na verdade tenho vários que considero os momentos mais felizes da minha vida.
O simples facto de me sentar à mesa com os meus pais todos os dias já faz o meu dia, e acho que a vida é muito isto: aproveitares todos os pormenores.
Profissionalmente, foi saber que seria uma das comerciais a estar presente na Première Vision Paris.

Como é que lidas com imprevistos?
Sou uma pessoa que gosta de ter tudo planeado, e quando as coisas não são como o esperado fico muito apreensiva.
No entanto, aprendi a não mostrar esse descontentamento e nervosismo.

O que mais valorizas numa pessoa?
Pessoas fiéis, em todos os aspetos.
Acredito que uma pessoa pode ser muito prestável, até educada, mas se não for leal, não pode ser boa pessoa – independentemente de tudo o resto.

O que é que gostavas de tentar e nunca tiveste a oportunidade?​
Trabalhar numa empresa internacional de moda, em Paris – porque é lá que estão centradas as maiores marcas de roupa.

O que mais te marcou pela negativa?
Permitir a entrada de pessoas na minha vida que diminuíram a minha visão sobre o mundo, e sobretudo sobre mim própria.
Este foi um dos motivos pelos quais nunca quis exercer solicitadoria – porque, infelizmente, as pessoas que encontras fazem o teu caminho, principalmente se ainda não tiveres a força mental para o conseguires travar.
Acredito muito nas energias que as pessoas transmitem, mais cedo ou mais tarde acabo por seguir a intuição. Quando o fiz fiquei só com as energias boas, a minha vida deu uma volta de 180 graus.
Devo rodear-me das pessoas certas, daquelas que acreditam nas minhas capacidades, e que mesmo com todos os meus defeitos me ajudem a ser melhor.

Que tipo de conteúdo gostas de consumir nas redes sociais e Internet em geral?
Utilizo mais o Linked-in, por causa dos conteúdos, consigo atualizar-me sobre todas as novidades do mundo profissional.
E estar em contacto com pessoas relevantes e com cargos similares ao meu, ajuda imenso no meu progresso.
Não devemos fechar a porta a ninguém no mundo profissional, porque nunca sabemos o dia de amanhã.

Quem te inspira e porquê?
Os meus pais.
Nós, jovens, temos sempre a convicção de que queremos um emprego melhor, uma vida melhor.
Quando tinham a minha idade, os meus pais já nos tinham a mim e à minha irmã, e uma casa para a nossa família.
Trabalharam sempre muito. Apoiaram-me sempre e foram o meu refúgio nas piores horas.
Agradeço muito, todos os dias, por ser filha deles. Tenho realmente muito orgulho.

Qual é o teu maior medo?
Perder as pessoas que amo, ou vê-las adoecer.

O que é que te dá mais energia e ânimo?
Viajar.
Um dos grandes privilégios que temos é o de conhecer lugares novos, pessoas com hábitos diferentes dos nossos.

Se pudesses começar de novo a tua vida, o que farias de diferente?
Apesar de ser um grande orgulho para os meus pais o facto de ser licenciada, penso que seria algo que faria diferente.
Tiraria não o curso de línguas e humanidades no ensino secundário, mas sim um curso de modelação de roupa ou calçado.
Acho que somos um pouco pressionados a escolher o nosso futuro desde muito cedo, e ter contacto com o mercado de trabalho ajuda imenso a decifrar o que realmente queremos fazer.
Quando somos jovens todos queremos ser doutores porque acreditamos que isso nos trará uma vida melhor, mas nem sempre acontece. Às vezes, só precisamos de ter empenho e das oportunidades certas, e não necessariamente de uma licenciatura.
Apesar de tudo isto, sinto-me com a sensação de dever cumprido sabendo que, mesmo não exercendo a licenciatura que tirei, estou a conseguir alcançar os meus objetivos.

Como gostarias que um dia se lembrassem de ti?
Confesso que tenho um feitio muito peculiar com as pessoas que me são mais próximas. Mas sei que sou muito amorosa, amiga, e sobretudo incansável. Acho que é só assim que quero ser lembrada.

Elsa Ferreira

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