Cinco telas e uma escultura, da autoria do felgueirense Francisco Estebainha, estão expostas na Biblioteca do Semanário de Felgueiras, numa mostra que pode ser aprecida pelos felgueirenses.
Francisco Estebainha, 72 anos, é um autodidata que pinta desde longa data, mas que intensificou o gosto pelas artes desde 1980, a partir do momento em que começou a ter mais tempo livre. Define-se como um artista polivalente, sem um estilo definido que gosta de passar para a tela o que vê no mundo. Motivos da natureza, plantas, pessoas e animais, são algumas das fontes de inspiração do artista.
“Pinto coisas que vejo e das quais gosto”, disse ao SF. Da sua coleção, fazem parte centenas de quadros, entre telas e aguarelas. Inicialmente, foi a escultura que mais o apaixonou, mas como exige mais do ponto de vista físico, acabou por abandoná-la, dedicando-se à pintura em exclusivo.
“A partir da minha aposentação, melhorei a minha técnica de pintura, até porque até aí ninguém sabia que pintava”, explicou. “Realismo, surrealismo, entre outras coisas, fazem parte do que ponto, uma vez que não tenho um estilo definido”, confessou.
Francisco Estebainha gosta muito do que faz e lamenta que em Felgueiras a Escola de Artes Performativas, anunciada para a recuperada Escola Primária Adães Bermudes, na Rua Costa Guimarães, não esteja de portas abertas para dar a oportunidade aos artistas locais de mostrarem os seus trabalhos.
Conhecido da maioria dos felgueirenses pelo seu percurso nos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, onde foi comandante, Estebainha é filho do poeta Alfredo Estebainha que veio do Alentejo para se radicar em Felgueiras nos anos 50 do século passado. Deixou vários livros: “Do Fundo da Mina” (1991),“P`ra Cá da Planície” (1994) e “Da Faculdade da Vida” (1997).
