Um grupo de cerca de duzentos estudantes finalistas da Escola Secundária de Felgueiras foi impedido de realizar um jantar de final de ano letivo na passada sexta-feira, à última hora, num restaurante da cidade de Felgueiras.
Apesar da unidade reunir todas as condições, em termos de capacidade de lotação, foi utilizado o argumento, por parte das autoridades de saúde, de que um aluno (externo à escola), que realizou um exame nacional na Secundária de Felgueiras, tinha testado positivo à Covid-19.
A GNR terá impedido os alunos de entrar no restaurante.
Este episódio aconteceu depois de um estudante externo à escola ter testado positivo à Covid-19 aquando da realização de um exame nacional. Após o alerta, os alunos que estiveram na sala do exame ficaram em quarentena, e as autoridades de saúde argumentaram que como todos estiveram em contacto uns com os outros, não se deveriam reunir no jantar. “Não conheço esta norma…e como é que sabem que um tão grande número de alunos contactaram uns com outros?”, questionou um encarregado de educação.
O caso suscitou uma onda de revolta nos estudantes e em alguns encarregados de educação que não compreenderam a decisão.
Impedidos de se reunir ao jantar no local estabelecido, “espalharam-se em grupos” por unidades de restauração da cidade. “Podiam estar num local controlado e assim foi pior”, confessou o encarregado de educação ao nosso jornal.
Refira-se que um grupo de 20 médicos, com currículo, subscreveu uma carta aberta, na passada sexta-feira, onde critica as medidas “absurdas” de combate à pandemia, considerando-as desadequadas no quadro atual.
Por outro lado, surgem movimentos na sociedade civil, cada vez mais numerosos, contra as restrições “à liberdade”, quando não existe nenhum quadro legal constitucional que o permita.