O Vogal da Comissão do CDS-PP e Conselheiro Nacional, Miguel Vilas-Boas em declarações ao Semanário de Felgueiras, esclareceu que vai manter o apoio ao atual líder Francisco Rodrigues dos Santos.
Em causa está a tomada de posição de Adolfo Mesquita Nunes, antigo Vice-presidente do CDS-PP, contra a atual Comissão Nacional, que defende que o partido enfrenta uma “crise de sobrevivência” e exige eleições. Refira-se que vários dirigentes anunciaram a sua demissão, no entanto as opiniões dividem-se.
Se por um lado, alguns dirigentes estão a abandonar o partido e a acusar o facto de “não se conseguir ler para além da bolha das redes sociais e dos grupos de apoio do WhatsApp”, e ainda que “a mensagem não passa”, outros acusam Adolfo Mesquita Nunes de ter saído numa hora difícil.
É o caso de Miguel Vilas-Boas, que considera que Francisco Rodrigues dos Santos “foi eleito legitimamente” e que “não se pode chegar do nada e pedir eleições”, referindo-se a Adolfo Mesquita Nunes, que saiu do partido para assumir funções na GALP, “depois de ter sido coordenador do programa legislativo de Assunção Cristas que levou ao pior resultado de sempre no CDS-PP”.
No total, quatro elementos da Comissão já abandonaram o partido: Filipe Lobo D’Ávila, Raúl Almeida, Isabel Menéres Campos e ainda José Miguel Garcez. Francisco Rodrigues dos Santos vai ouvir o Conselho Nacional e apresentou uma Monção de Confiança.
Miguel Vilas Boas explica que “um Congresso extraordinário só poderia acontecer caso a direção se demita ou tenha prejudicado gravemente o partido, o que não se verificou, ou seja requerido por 10% dos militantes, pois o único ato eleitoral onde o CDS foi a votos, foi nos Açores que confirmou como terceira força política, tendo um dos seus vice-presidentes da atual direção, como vice-presidente do Governo regional dos Açores, contribuindo assim para retirar o Partido Socialista do poder, nos Açores”.
