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Manuel Faria: Fundador do Semanário de Felgueiras

Manuel Faria, 68 anos, é Licenciado em Economia. Nasceu em Várzea, concelho de Felgueiras. Estudou na Mealhada e no Porto. É casado, tem três filhos. Hoje retirado dos palcos onde outrora esteve presente e marcou a sua posição, sempre afirmativa, no seu currículo regista os cargos de Presidente da Cooperativa Agrícola de Felgueiras, a maior
organização sócio-económica do concelho, Presidente do PSD Felgueiras, Vereador na Câmara Municipal de Felgueiras, em diferentes mandatos.
Há 20 anos que integra o Conselho de Administração, como não Executivo, da Caixa de Crédito Agrícola. Mútuo das Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega. Empresário do setor dos componentes para calçado, esteve também ligado às áreas da consultoria e serviços. É também empresário agrícola na área dos vinhos verdes, Kiwis e enoturismo.
O mote desta entrevista é o gosto pela comunicação social que levou Manuel Faria a criar o Semanário de Felgueiras em 1990. À data, o lançamento do primeiro número do jornal foi uma “pedrada no charco”. Hoje, três décadas depois, o SF é um arquivo vivo da
história do concelho de Felgueiras. Um projeto jornalístico com passado, presente e futuro, que trilha um caminho ímpar no mundo da comunicação social local.
Conversámos com o fundador do Semanário de Felgueiras na Quinta de Maderne, onde nasceu. Numa conversa intimista, descontraída e sem filtros, percorremos as páginas mais marcantes da vida de Manuel Faria.

Manuel Faria

Quem é Manuel Faria? O que faz, em que projetos esteve e está envolvido?
Sou um cidadão no período de reforma. Mantenho-me ativo e exerço atividade profissional na área da gestão empresarial e dos serviços. Atualmente mantenho-me numa posição
de retaguarda. A idade foi avançando e as novas gerações começaram a
assumir o papel de continuidade das atividades nas empresas. Estou ligado
às áreas de serviços, ao setor agrícola, ao turismo, enoturismo e à área
industrial. Não estou propriamente ligado ao calçado, mas ao setor: componentes, formas, solas, etc. Sou um pouco de empresário agrícola, industrial, já fui consultor financeiro
e económico. Agora num estado mais relaxado, passando o testemunho de uma forma tranquila. Tenho 68 anos, mais de 40 de vida ativa.

De onde é, de onde foi, onde fez a formação profissional?
Nasci nesta casa (Quinta de Maderne). Tive nove irmãos. Fui o último de 10 filhos, numa família tradicional de agricultores, num período em que a família era a mão de obra da casa. Os filhos mais velhos, desde muito cedo, começavam a ajudar os pais. Tive dois momentos extraordinários de sorte na minha vida. Primeiro foi ter nascido: sendo o último de dez irmãos, nos tempos modernos, dificilmente tal aconteceria. O outro foi ter sido o último a nascer. Sendo o último acabei por fugir ao padrão de vida de trabalhar para a casa. Os filhos ajudavam no sustento da família, casavam-se e autonomizavam-se muito cedo. Os mais novos substituíam os mais velhos e o ciclo repetia-se. Numa fase em que os meus pais já tinham outras condições económicas tive a possibilidade de fazer uma formação. Era uma coisa ao alcance de pouca gente. O ensino era, normalmente, para famílias privilegiadas, com história até. Quando surgia alguém, que não vinha da linha de continuidade daquilo que os pais faziam (advogados, médicos, por exemplo), como eu, o recurso era estudar no seminário. Aqueles que não chegavam aos desígnios do
seminário recebiam pelo menos essa formação básica e depois davam continuidade nos liceus e nas universidades a sua formação. Foi o meu caso. Frequentei cerca de dois anos no seminário de Oleiros, do qual não retiro as melhores recordações, mas reconheço que foi crucial. Libertou-me do ciclo vicioso do trabalho agrícola. São escolas de rigor, de método, conhecimento e onde se aprendia ínguas, como o latim. São muletas que nos ajudam na nossa formação. Que nos incutiam e incutem ainda hoje, para a área social e cultural.

Disse que não retirou as melhores recordações do seminário de Oleiros. Porquê?
Leia a ‘Manhã Submersa’ de Virgílio Ferreira. Tempos duros. Algumas páginas que a gente prefere não ler. Só nesse aspeto. Mas aprendi muito sobre ética, respeito e civismo. Mais
tarde, na Mealhada, estudei num Colégio interno e trabalhei, porque os dinheiros eram poucos. Costumo dizer que fui buscar as coisas boas que lá havia: a minha mulher, a chanfana e o leitão. Depois fui para o Porto para frequentar o curso de Economia. A
minha mulher inverteu o sentido lógico, que seria estudar em Coimbra e veio para o Porto, estudar Biologia. Atravessei os anos da Revolução como estudante. Entrei em 1972 na Universidade, sai em 1977 e comecei a trabalhar em 1978 aqui em Felgueiras. A minha mulher veio dar aulas para a Escola Secundária de Felgueiras e fez parte do Concelho Diretivo. Comecei por estar ligado à Consultoria de Serviços. É defeito ou virtude,
mas sempre gostei de criar e tenho dificuldade em desfazer-me das coisas,
que criei. Para o bem e para o mal, tudo que fui criando mantenho. Na primeira fase, na área dos serviços, modéstia à parte, fomos uma referência local. Estivemos presentes no processo de pré-adesão à CEE e adesão, mais tarde à União Europeia. Demos apoio às empresas e fomos nós que criamos o nome de algumas delas, que ainda hoje prevalecem. Participámos nos processos de formação e de lançamento de novas indústrias. Sou, também, gestor agrícola numa empresa familiar. Esta área é um encanto, não em termos de rentabilidade, mas sim de realização e contacto com a natureza. Onde melhor se percebe o ciclo da vida, o dia e a noite, as estações… esse chamamento às origens acabou por se traduzir na criação desta empresa, modernizando a atividade, valorizando os elementos mais preponderantes na nossa zona geográfica. Hoje temos a cultura dos kiwis e produzimos vinho com o turismo associado, que surge como um complemento lógico. Acaba por conciliar a paisagem e os ciclos da natureza com os produtos da terra. O vinho, ao longo dos últimos anos ganhou outra expressão interessante, nacional e internacional. Realizei as minhas atividades sempre com muita responsabilidade, sem facilidades, sempre com muita apreensão do amanhã. O passado está ganho, o futuro não sabemos…

Qual a memória que tem mais presente da sua infância? Como é que foi a sua adolescência?
A memória que tenho mais presente é este espaço. (Quinta de Maderne) Estámos na eira ou quinteiro. Recordo as atividades que aqui eram realizadas, neste espaço. Era um centro de vida ativa. Os pais, os avós paternos, e os irmãos (que aqui brincavam). Aqui recebíamos a educação. Era um ambiente escuro, porque não havia eletricidade.
Havia a candeia. Desenhei as primeiras letras assim. A cozinha era o local onde mais se convivia. Mais tarde chegou a eletricidade e aqui se desenrolava tudo, neste largo. Havia
animais, tratava-se os cereais. As coisas boas eram para vender e as outras ficavam para nós. Há uma atividade que marca a minha vida: o chamado ciclo do linho. É das coisas mais ricas que o Norte e sobretudo o Minho guarda. Hoje praticamente só existe como recriação. Produzíamos linho desde a fase da sementeira até à fase da tecelagem. Era um ciclo longo, na qual intervinha já, nesse processo, uma empresa que já não existe, a Fábrica da Bouça. Passei poucos anos aqui. Aos 11 anos, fui separado da minha mãe. Falo da minha mãe porque é aquela que mais nos custa separar fisicamente. A minha saída para estudar significou um corte. As distâncias nessa altura eram muito grandes. Estudar em Lagares era como se estivéssemos muito longe. Não havia visitas. Chorei imenso. Recordo a primeira visita que o meu pai me fez nessa instituição. Não consegui dar uma palavra. Chorei. Isto para dizer: aí terminou a minha infância. Na minha adolescência, não tenho nada de especial. Fiz bons amigos, alguns que ainda mantenho pelo Porto, Mealhada, Felgueiras. Não estudei cá, mas fiz alguns convívios, namoricos e os bailaricos.

Entrevista ao Padre Zé de Torrados

O que sentiu quando foi avô e que emoções lhe traz?
Em primeiro lugar, senti-me mais velho. Custou-me a adaptação aos 60 anos. É uma idade bonita para ser avô. Não é muito tarde, nem é cedo. Está-se naquela idade que já não se
deve ser pai e deve-se ser avô. Esse período passou rapidamente porque um ano e meio depois comecei a gostar de ouvir, “Oh Vú”. Já me identifico com o “Vú Manel”. Já são três, quase quatro netos a tratar-me assim. Acho que tenho o sentimento que todos os avôs têm: que é um complemento importante. Uma fase de vida mais relaxada, dedicada e mais atenta aos pormenores. Diria que não há amor como amor de pai e de mãe, mas nós avôs também nos dedicamos aos netos de uma maneira forte. Não diria que queremos mais aos netos que aos filhos. Queremos igual: intensamente. Desejamos uma boa longevidade para eles usufruírem de nós e nós deles. Apesar desta fase que vivemos, de pandemia, que não sabemos se devemos ou não estar com eles.

Locais que mais gosta em Felgueiras?
Gosto de Santa Quitéria, das construções Românicas, da Capela de S. Mamede, em Vila Verde, Airães e do Mosteiro de Pombeiro. Paisagens fantásticas. E gosto daquelas coisas
que a natureza nos dá: os fluxos de água, naquela zona de Jugueiros, que felizmente mantém identidade.

Com que idade foi pai? Esperava tudo o que está a acontecer? Sente-se realizado? Casei relativamente cedo, comparativamente, com a atualidade. Tínhamos entre 24 e 25 anos. Era o ano de 1976, salvo erro. A Susana nasceu em 1979, tinha eu 27 anos. Os gémeos, o Rui e o Sérgio, nasceram 4 anos mais tarde, teria uns 31 anos. Se estava previsto? Nada previsto. A Susana nasceu menina e os nossos filhos nasceram gémeos, sem que a gente soubesse. Vieram dois. Isto não se programa, acontece. Foi muito bom, muito giro. Da Susana recordo a traquinice Os gémeos, que eram dois, há partida seria traquinice a dobrar, mas não tenho recordações disso. Eram mais pacatos e como dividimos tarefas, não registo noites por dormir. Foi tudo tranquilo. As creches ajudaram. Foi pacifico, enquanto foram pequeninos. Somos uma família unida e pacifica. Com desavenças e diferenças de opinião, normais. Somos todos muito afirmativos o que torna as discussões mais acesas. Mas o espírito de união prevalece.

Entrevista a Valentim Ferrador

O que o motivou a criar um jornal em 1990? O jornal é um projeto. Não é fruto de uma reação a nada. Faço questão de distinguir isto. Em Felgueiras havia dois projetos jornalísticos, ou três se considerarmos a Rádio Felgueiras. O jornal da Lixa, que já não há infelizmente. Esperemos que um dia os sucessores consigam reaviva-lo. O Semanário surge como um jornal local, não regional. A Rádio Felgueiras surge em 1989. Participei ativamente na sua criação. Mantenho a ideia que a Rádio Felgueiras, o Jornal da Lixa e todos os contemporâneos, eram projetos singulares do concelho. Foram surgindo, entretanto, outros jornais. Faço uma ressalva ao jornal do Armindo Mendes, o Expresso. O Armindo foi um colaborador do Semanário de Felgueiras muito importante. Mantém hoje uma atividade, mais ao nível do suporte digital, com muita qualidade. O que nos levou a criar o Semanário de Felgueiras foi a junção de algumas vontades do momento. Estamos a falar do ano em que foi lançado o jornal PÚBLICO, em março de 1990. O Semanário surge em junho do mesmo ano. Foi inspirado, não só em formato, mas também em termos editoriais, por esse jornal. Penso que está escrito, no nosso estatuto editorial, que adotaríamos o ‘estilo PÚBLICO’. Naquela altura o PÚBLICO foi uma pedrada no charco, em termos nacionais, com outra abrangência. Era um jornal de algumas elites políticas, económicas e intelectuais. com pessoas de referência no jornalismo nacional. No nosso caso, a Emília Ribeiro teve um papel determinante. Era uma espécie de ‘Manuela Moura Guedes’ dos bons tempos. Espero que ela não se ofenda. Digo-o num aspeto positivo. Ela também estava na Rádio muito ativa. Não só a sua forma de dicção, tinha um estilo próprio. Talvez daí tenha nascido o jornal. Juntou-se a personalidade dela, com o António Pimentel, que era um homem que esteve na direção do jornal. Apresentaram a ideia, atendendo ao momento que se vivia. A década de90 foi extremamente positiva, em termos de atividade política, económica, social e cultural. Portugal aderiu à CEE em 1986 e entramos em crescimento. Tinha alguma intervenção política na altura. Tinha sido vereador na Câmara e participado na Assembleia Municipal. A minha componente política e autárquica tornava-me conhecedor de algumas matérias. Infelizmente a Emília não esteve muito tempo ligada, por questões pessoais e ficou o António Pimentel. A partir daí houve uma série de ‘assédios’ do poder autárquico. Havia reações que se manifestaram de diversas formas. A tentativa de criação de outros órgãos impressos e a tentativa de assédio profissional. Aconteceu com vários colaboradores do Semanário. Apesar de tudo, com uma atitude de reconhecimento.

Capa do jornal do primeiro aniversário

Qual foi a edição/ano ou trabalho que mais o marcou?
A primeira edição. Costumo comparar o surgimento do primeiro jornal àquela imagem da mãe que vê nascer o seu filho. A satisfação que eu e os meus companheiros, naquela fase tivemos, foi extraordinária. O primeiro ano foi uma prova de resistência porque toda a gente julgava que não duraria um ano. Um ano, que apesar de tudo, teve várias edições. Sempre com entusiasmo. Havia dificuldades maiores, apesar de hoje ser muito difícil. Também naquele tempo a expedição do jornal era muito.

Como vê o mundo digital, uma vez que principiou o jornal numa época distinta da atual?
Não nos podemos abstrair dessa realidade e até da forma fácil com que a informação circula e é abrangente. Chega aos destinatários. Há infelizmente uma elevada iliteracia e falta de vontade das pessoas na leitura. Mas não podemos desistir do jornalismo impresso, sem abstrair do digital. O caminho que temos percorrido, temos que aprofundar e complementar em termos da própria atividade jornalística. O jornalismo digital também pode proporcionar formas de receita. São imprescindíveis para alimentar o projeto. Temos que seguir exemplos de outros jornais nacionais. Não são dois mundos distintos em termos de conteúdo: são os mesmos, mais ou menos desenvolvidos. Nalgumas matérias o jornalismo impresso permite aprofundar conteúdos com outra dimensão. Em termos de critérios e rigor informativo, os dois devem ser iguais.

Identifica-se mais com a forma de fazer jornalismo atualmente ou no passado?
Identifico-me mais com o que se faz hoje. Atualmente as fontes são mais acessíveis. Podemos relatar acontecimentos e factos muito mais reforçados, com informação que hoje é mais facilmente atingível. Antes para fazer uma crónica, teríamos que fazer um trabalho de pesquisa, recolha de dados, acesso a arquivos, difíceis e demorados.
Hoje fazemo-lo na ponta dos dedos. Permite que esses trabalhos possam ser mais fundamentados e rigorosos e mais arejados, em termos de modernidade. Nesse sentido identifico-me mais com este tipo de jornalismo. A forma de escrever: Identifico-me muito mais com um português atual, moderno, com algum estrangeirismo, do que aquelas
crônicas, com figuras de estilo linguísticas, que não têm exatamente a ver com o nosso tempo, que correm o risco de não serem percetíveis. Sem ofensa para alguns cronistas da Comunicação Social, tenho que admitir, apesar de ser de outra geração, que as gerações atuais, não tem paciência para ler aquele estilo, até porque não conseguem interpretar. Por isso refiro, prefiro uma linguagem moderna, rigorosa nas fontes e nos conteúdos.

Como empresário, ser administrador de um jornal, quais os desafios do ponto de vista económico, num setor que vive sempre com grandes dificuldades?
Isto é um projeto que nos dá gozo, mas não dá dinheiro. Se nos der tranquilidade, de um equilíbrio económico que permita pagar os meios que utiliza, já nos damos por recompensados. O prazer que advém deste meio, que tem uma enorme importância na comunidade, mesmo daqueles que nos recusam, só por si, justifica manter viva esta empresa. Não espero pelo lucro. O Semanário existe como uma empresa de interesse público. Consideram que ganhamos com isso? Não sei, às vezes acho que perdemos. Costuma-se dizer que a melhor forma de ter inimigos é ter um jornal. Disse algumas vezes que o jornal era a minha amante, dá-me gozo, mas custa-me dinheiro. Depois há a velha história, da galinha e do ovo. Podia ser um projeto maior, teria mais gente. Mas se tiver mais gente, não tem meios. Outros jornais não são concelhios, são regionais. Acaba por descaracterizar. Nunca quisemos isso. Fomos sempre focados, mas isso limita-nos no âmbito de mercado. Falamos de Felgueiras e da Lixa. Mesmo assim a Lixa não nos reconhece muito. Estamos cingidos a este meio. Referi que não gosto de largar nada. Não somos de desistir. Talvez, sendo assim conseguimos chegar aos 30 anos. Não nego que há situações que desanimam e dão vontade de desistir. Há pessoas que chateiam mesmo muito e põe-nos a pensar se vale o esforço. Mas depois a essência vem ao de cima e continuamos. Hoje, a nossa posição está marcada enquanto jornal. Há outras coisas que nos motivam: pessoas que estiveram connosco no início e que nos acompanham e seguem com muito interesse. Mesmo quando a gente pensa que estão ausentes. Depois há o reverso da medalha. Os mesmos que estão calados e não nos tecem louvores, são os mesmos, que amanhã, na mais pequena falha, apontam o dedo.

Cooperativa agrícola

Está ligado a vários setores de atividade, nomeadamente Calçado, Comunicação Social, Serviços, Agricultura e Direção da Caixa Agrícola. Qual destas áreas é a sua predileta?
Em termos de satisfação e prazer é o contacto com os campos e natureza. A agricultura é o mais interessante. Em termos de realização, de desenvolvimento de produtos, de mercados, a indústria é mais abrangente. Abre mais espaço: exigências de mercado, evolução tecnológica, novos equipamentos e requisitos. Coloca-nos em contacto com o mundo e com outras realidades. Gostei muito de ser consultor e gosto de estar na área da gestão. Exerci a direção da Cooperativa Agrícola. Tudo isso são etapas da vida, que me deram e dão prazer.
Quando os meus filhos eram pequenos perguntavam-me o que fazia. Tinha dificuldade em responder-lhes.

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