A distrital e as concelhias do PSD Porto vão requerer reunião ao grupo parlamentar do PSD e ao Ministério das Infraestruturas porque repudiam que a eliminação das taxas de portagem não abranja nenhuma ex-SCUT do distrito do Porto, ou seja, A41, A42, A29, bem como diversos pórticos na A4 e A28.
A distrital do partido social democrata diz-se “espantada” por poucos se terem insurgido contra, aquilo que consideram uma “tamanha injustiça”.
Num comunicado enviado à redação do SF, a distrital do PSD Porto refere que o PS e o Chega “ignoraram” o distrito, em detrimento dos reais interesses dos que residem nesta região, enquanto a proposta do atual governo previa uma redução gradual e transversal ao país.
Na mesma nota referem que “o distrito possuí uma economia diversificada nos sectores do turismo, comércio, serviços e indústrias tradicionais ou tecnológicas, sendo a área mais industrializada do país, além de nela residirem cerca de 1.8 milhões de habitantes”.
Relembram que no distrito se incluí a área do Tâmega e Sousa e que este território tem desigualdades gritantes na mobilidade, transportes públicos e em vários locais do distrito, no acesso a serviços e equipamentos, como hospitais, estabelecimentos de ensino superior ou serviços de cultura e turismo, que acarretam demasiado custos associados a uma interioridade que o poder central não conseguiu ou não quis entender nos últimos anos.
“O Porto exige respeito do Partido Socialista, cuja proposta foi aprovada, pelo direito à mobilidade das suas populações e pela competitividade de milhares de micro, pequenas e médias empresas, aumentando o rendimento disponível das famílias e a competitividade das empresas, pois além da sua importância económica para o País, é hoje uma das principais portas de entrada e saída de mercadorias e de incremento das exportações da própria Península Ibérica” lê-se no comunicado.
Acrescentam que a medida votada favoravelmente pelo PS e Chega não contempla nenhum dos municípios do Tâmega e Sousa.
Acabam por lamentar o silêncio De diversos presidentes de Câmaras Municipais socialistas do distrito do Porto, ignorando a proposta apresentada, defendida e aprovada pelo seu partido – o PS –, e que não foram capazes de levantar a sua voz em defesa da população que neles confiou.
Já a Câmara de Penafiel lamenta que a coligação PS/Chega tenha esquecido a região na isenção das taxas de portagem na A4 e A42
Em comunicado, a Câmara Municipal de Penafiel lamenta que a coligação PS/Chega, e outras forças políticas eleitas na Assembleia da República, tenham votado favoravelmente o Projeto de Lei n.º 72/XVI que visa eliminar as taxas de portagem nos lanços e sublanços das autoestradas do Interior (ex-SCUT), num documento que não contempla as ex-SCUT da região do Tâmega e Sousa, nem do distrito do Porto, ou seja, a A4, A41, A42, A28, e A29.
Para Antonino de Sousa, presidente da autarquia de Penafiel, “É absolutamente lamentável que o Partido Socialista, que foi Governo nos últimos 8 anos, nunca se tenha lembrado de pôr termo às portagens nas SCUTS ou nas autoestradas. Agora que está na oposição faz uma coligação negativa com o CHEGA para aprovar legislação que prevê a isenção de portagens em algumas vias, sem sequer cuidar de avaliar a justiça e equidade dessas isenções. Penafiel e o Vale do Sousa pagam portagens caríssimas pela utilização da A4, que já está paga e mais que paga, há mais de 30 anos! Disso não se lembrou o PS nesta deriva populista!”
Terminam referindo que, perante aquilo que consideram uma injustiça, a de não incluir a isenção de portagens na região, o Município vai pedir, com carácter de urgência, uma audiência junto do Ministério da tutela.