A equipa W52-FC Porto está impossibilitada de participar em provas, na sequência das medidas de coação aplicadas pelo juiz do Tribunal de Instrução Criminal do Porto a Nuno Ribeiro e José Rodrigues, diretores desportivos da equipa de ciclismo que tem sede em Várzea, Felgueiras. Recorde-se que ambos ficaram impedidos de exercer funções durante três meses, uma situação que resulta de uma investigação da Polícia Judiciária e da Agência para o Controlo Anti-Doping (ADoP) aos sete ciclistas que competiam no Grande Prémio “O Jogo”, no último fim de semana.
No hotel, onde estava concentrada a equipa, foram apreendidos produtos, tendo sido ainda feitas buscas a residências de ciclistas, numa operação desencadeada pela Policia Judiciária, no fim de semana. Após as diligências, a PJ informou, em comunicado, que “foram efetuadas duas detenções e realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas regiões do território nacional, visando dirigentes, atletas e instalações de uma das equipas em competição”, tendo sido “apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.
Adriano Quintanilha disse que está desiludido com o que está a acontecer
e desconhece qualquer prática ilícita. O futuro da equipa pode estar em risco, admitiu.
Apesar das tentativas, o SF não conseguiu falar com Adriano Quintanilha, patrão da equipa. O empresário felgueirense disse, no domingo, à comunicação social que está a acompanhar o desenrolar do processo e em causa pode estar a continuidade da equipa de ciclismo que patrocina, tendo como parceiro o FC Porto. O futuro, disse Adriano Quintanilha,”depende do rumo dos acontecimentos”, adiantando que “se a situação evoluir para uma situação grave, vamos reunir com o FC Porto e logo decidiremos o futuro do projeto”, disse citado por jornais nacionais.
Disse estar “desiludido com o que está a acontecer”, rejeitando qualquer ligação pessoal a práticas ilícitas”. A W52/FC Porto venceu as últimas edições da Volta a Portugal, sendo a equipa mais forte do pelotão nacional.