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Movimento Seixoso-Vieiros Lítio Não escreve ao Ministro do Ambiente manifestando a indignação pela autorização para a prospeção

O Movimento Seixoso-Vieiros: Lítio Não endereçou uma carta aberta ao Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e ao Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, onde manifesta a sua posição frontalmente contra a prospeção e a exploração de lítio na região de Seixoso-Vieiros, que abrange os concelhos de Felgueiras, Guimarães, Fafe, Mondim de Basto, Celorico de Basto e Amarante. 

Na missiva, o movimento começa por revelar ” a preocupação e indignação pela inclusão da zona denominada Seixoso Vieiros no processo concursal para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio, enquanto representantes do Movimento Seixoso Vieiros – Lítio Não, que se empenham a favor de uma participação cívica ativa e de uma visão sustentável do desenvolvimento das regiões afetadas pelo processo supracitado, nos concelhos de Felgueiras, Fafe, Guimarães, Amarante, Mondim de Basto e Celorico de Basto”, para depois lembrar que “o governo, pela voz do Ministro do Ambiente, tem afirmado querer estar na primeira linha mundial da descarbonização, sendo a exploração de lítio a forma de o fazer”.

João Galamba, Secretário de Estado Adjunto e da Energia

“No entanto, isto implica sacrificar o seu património natural em nome da descarbonização, já que o processo de extração de minerais em minas a céu aberto, que não são mais que crateras cujas dimensões se prevê serem da ordem dos 800 metros de diâmetro por 300 metros de profundidade, é o processo de extração possível em Portugal”, assevera o movimento de cidadãos.

Isto terá consequências gravíssimas a nível de impactes ambientais para os solos, para a paisagem, para a fauna e a flora, ao nível da carga sonora, para os fatores socioeconómicos das populações locais, para os recursos hídricos e também, para a saúde das populações que estarão sujeitas a todos estes impactes.

Para este grupo de pessoas, que luta contra a exploração de lítio, “este impactes não poderão ser convenientemente mitigados”, uma vez que, defendem, “os solos, as águas e a paisagem serão irrecuperáveis. Todos sabemos que estas empresas estão no terreno para fazer lucro sem grandes contemplações e a história da mineração em Portugal e no mundo assim o tem demonstrado”.

Na mesma carta alertam que “as populações não querem ser mineiras, querem agricultura sustentável, querem turismo de natureza, querem ver os seus modos de vida preservados, querem desenvolvimento verdadeiro”, observando que “a mineração nunca trouxe desenvolvimento duradouro a nenhum local”.

Exploração de lítio

Classificando a questão de “epopeia da mineração de lítio em Portugal”, o movimento vai longe e garante que a exploração do minério “significa apenas destruir as nossas montanhas e serras, destruir ecossistemas, arruinar a vida de todos os que vivem nas zonas visadas”.

“As populações estão esclarecidas, sabem disto e não querem ser enganadas com falsos pretextos de desenvolvimento económico e mais-valias para as outras atividades económicas locais, porque sabem que tudo isto é falacioso e efémero”, garantem.

Argumentam ainda que “a indústria automóvel, cujos grandes polos industriais nem se localizam em Portugal, retirarão mais-valias da exploração mineira, mas para as populações portuguesas apenas restará a poluição, contaminação de solos e águas”, questionado “se é isto que queremos para Portugal?”.

Casa do Seixoso, antigo Sanatório, onde esteve Florbela Espanca e cujo diretor clínico foi o médico e ex-presidente da Câmara de Felgueiras, Eduardo de Freitas

“As regiões de Tâmega e Sousa e do Ave constituem uma realidade económica competitiva, fortemente industrializada, onde se concentram os maiores produtores de calçado e do setor têxtil, com um capital humano muito especializado, onde se destacam atividades económicas de cariz inovador e altamente empreendedor. Na área da agricultura destacam-se a produção do quivi, do mel e do vinho verde, para isso contribuindo a abundância e a qualidade da água destas regiões”, recordam aos governantes, apelando, por fim, que “no cumprimento do nosso dever de cidadãos na participação democrática, alertamos para esta realidade, solicitando que o Sr. Ministro do Ambiente Matos Fernandes e o Secretário de Estado Adjunto e da Energia João Galamba se dignem a providenciar para que a zona Seixoso Vieiros seja retirada do procedimento concursal para prospeção e pesquisa de lítio”.

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