O Vogal da Comissão Política Nacional do CDS-PP, Miguel Vilas Boas Sampaio explicou ao nosso jornal que a sua intervenção no Conselho Nacional, no passado fim de semana, teve como objetivo “tratar apenas assuntos da atualidade Nacional do partido”.
Nas declarações, a que o SF teve acesso, pode ler-se que Miguel Vilas Boas foi direto ao assunto em causa, nomeadamente ao facto de “o partido estar a perder militantes”.
“Ouvi dizer que o partido está a perder militantes! Deixem-me dizer-vos uma coisa: na concelhia de Felgueiras, no último meio ano, na situação de pandemia em que o país vive, o partido filiou 103 novos militantes e não se verificou nenhuma desfiliação. Compete, pois, a todos nós, fazermos esse trabalho”, começa por dizer.
Na sua intervenção seguinte o Presidente da concelhia avança que congratula “Francisco Rodrigues dos Santos e grande parte dos dirigentes nacionais, por estar disponível para ser julgada depois do próximo ato eleitoral”.
Miguel Vilas Boas pretende esclarecer que “desvalorizaram o resultado das eleições Regionais nos Açores, o único ato eleitoral onde o partido esteve verdadeiramente a votos. O que se verificou nos Açores foi uma recuperação do eleitorado que o partido tinha perdido nas eleições legislativas de 2019. Tendo sido neste ato eleitoral das eleições legislativas que se verificou a perda de votos no CDS. E todos nós concordamos que é muito difícil recuperar eleitorado”, explica.
Segundo o dirigente, é indiscutível que o CDS, “recuperou eleitorado nas eleições regionais dos Açores, face às eleições legislativas” e no que toca à representatividade no Conselho Nacional, a organização dos Plenários Distritais para a eleição dos delegados distritais ao Conselho Nacional compete ao órgão distrital (Mesa de Plenário Distrital).
“Não culpem, assim, a Secretária-geral pela incompetência ou, no mínimo, inércia de outros! Por fim, não obstante o voto ter sido secreto, afirmo que votei favoravelmente a moção de confiança a esta direção”, avança.
Em jeito de conclusão refere que é hora de união “em torno do partido” e que todos são poucos”, com uma alusão a uma frase que o Presidente do CDS-PP nacional costuma usar.
Leia na íntegra o Comunicado:
Como todos sabem, o Conselho Nacional do CDS-PP decorreu no passado dia 6 de fevereiro e, após ter sido deliberado pela maioria dos conselheiros nacionais, foi aberto a comunicação social. Por este motivo, passo a transcrever a minha intervenção, que ocorreu por volta da 3 horas do dia 7 de fevereiro: “Excelentíssimo Senhor Presidente do Conselho Nacional permita-me, na sua pessoa, cumprimentar todos os presentes. Caros conselheiros nacionais: depois de nos ter sido transmitido pelo Sr. Presidente do Conselho Nacional, que já votaram mais de 250 conselheiros credenciados, vou-me escusar de tecer qualquer opinião quanto à ordem de trabalhos. Mas não posso ignorar o que aqui foi dito! Nomeadamente: Ouvi dizer que o partido está a perder militantes!
Deixem-me dizer-vos uma coisa: na concelhia de Felgueiras, no último meio ano, na situação de pandemia em que o país vive, o partido filiou 103 novos militantes e não se verificou nenhuma desfiliação. Compete, pois, a todos nós, fazermos esse trabalho! Depois, também ouvi o Presidente Francisco Rodrigues dos Santos, e grande parte dos dirigentes nacionais que o acompanham, que esta direção está disponível para ser julgada depois do próximo ato eleitoral, se assim os militantes o entenderem. Dou os meus parabéns por isso! Também ouvi aqui desvalorizarem o resultado das eleições Regionais dos Açores, o único ato eleitoral onde o partido esteve verdadeiramente a votos. O que se verificou nos Açores foi uma recuperação do eleitorado que o partido tinha perdido nas eleições legislativas de 2019. Tendo sido neste ato eleitoral das eleições legislativas que se verificou a perda de votos no CDS. E todos nós concordamos que é muito difícil recuperar eleitorado. Sendo indiscutível que o CDS, efetivamente, recuperou eleitorado nas eleições regionais dos Açores, face às eleições legislativas! Também foi levantada a questão da representatividade neste Conselho Nacional. Caros conselheiros nacionais, todos sabemos que, a quem compete a organização dos Plenários Distritais para a eleição dos delegados distritais ao Conselho Nacional, é ao órgão distrital (Mesa de Plenário Distrital). Não culpem, assim, a Secretária-geral pela incompetência ou, no mínimo, inércia de outros! Por fim, não obstante o voto ter sido secreto, afirmo que votei favoravelmente a moção de confiança a esta direção! Para terminar esta minha intervenção, lanço aqui um repto a todos, incluindo os que voltaram e os que sempre estiveram: Vamo-nos unir em torno do partido. Todos somos poucos! Lembro que Francisco Rodrigues dos Santos já fez este apelo a todos e isso ninguém o pode negar. Viva o CDS Viva sempre Portugal!”