A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) anunciou esta semana o primeiro balanço da aplicação dos fundos do programa NORTE 2030 no domínio da cultura e do património, um ano após o lançamento do seu Plano de Ação Regional.
Até ao momento, já foram aprovados 124 projetos, correspondendo a um investimento total de 58,7 milhões de euros, e há mais 39 candidaturas em fase de aprovação, “que poderão injetar mais 11 milhões de euros” no setor cultural, lê-se num comunicado.
Este aumento “sem precedentes” no financiamento à cultura regional abrange diversas áreas, desde a valorização do património imaterial e material, modernização de infraestruturas culturais, digitalização do património, ao reforço do sistema regional de cultura e criação de novas rotas culturais, como a Rota da Arte Contemporânea em parceria com a Fundação de Serralves.
O presidente da CCDR-N, António Cunha, citado no comunicado, sublinha que estes resultados revelam “a maturidade” das instituições culturais da região Norte e o papel da cultura como motor de desenvolvimento económico e social. O vice-presidente Jorge Sobrado acrescenta que a cultura “deixou de ser um apêndice das políticas regionais”, passando a ser uma aposta estruturante e com meios para o seu apoio.
Entre os projetos aprovados encontra-se o “Tâmega e Sousa – Região Literária Demarcada” que abrange o concelho de Felgueiras, através da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa.
A iniciativa visa promoção da programação cultural em rede e eventos turísticos literários, com o fortalecimento da Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Tâmega e Sousa (RIBTS). O investimento total previsto para esta operação é de cerca de 303 mil euros, com um financiamento de aproximadamente 197 mil euros pelo NORTE 2030.
Segundo os seus promotores, visa-se a expansão da biblioteca digital AquaLibri, a digitalização de espólios de elevado valor histórico e cultural e reforço das infraestruturas tecnológicas das bibliotecas regionais, tendo como objetivo “promover o gosto pela leitura e valorizar o património literário do território, impulsionando também o turismo literário local”.
