A Biblioteca Municipal de Felgueiras inaugura a 8 de novembro, pelas 15h00, uma exposição de pintura dedicada ao artista felgueirense António Manuel Ribeiro de Magalhães (1956–2024), conhecido artisticamente como NAIA, cuja obra atravessou pintura, escultura, colagem, instalação e literatura, informa fonte autárquica.
Com curadoria de Adriana Henriques — artista plástica, docente universitária e amiga do homenageado —, a mostra estará patente até 26 de novembro, celebrando o legado de um criador identificado pela família como “o bom rebelde, sonhador, idealista… sempre a lutar contra a monotonia”.
Natural da Pedreira, Felgueiras, NAIA construiu um percurso de autenticidade e liberdade ao longo de várias décadas, explorando múltiplas linguagens artísticas e mantendo uma postura de reflexão e resistência.
A sua assinatura artística, NAIA, conviveu com outros pseudónimos, como Berto da Vinha, particularmente enquanto autor do romance “A Mulher Cisne Que Queria Ser Pata”, cuja capa foi concebida pela curadora da exposição. A ligação entre Adriana Henriques e NAIA, marcada por colaboração artística e amizade, será também celebrada numa apresentação do referido livro durante o evento inaugural.
Para além da apresentação literária, a exposição propõe um reencontro com o universo criativo de NAIA, cujas obras se distinguem pela liberdade cromática e temática, pela experimentação de técnicas e pela capacidade de transmitir inquietação. Segundo a organização, “há artistas cuja vida e obra são uma só expressão — NAIA foi um deles”, e esta homenagem procura sublinhar a fusão entre o homem e o artista, reconhecendo-o como referência de resistência à monotonia.
Segundo a organização, esta iniciativa pretende valorizar o papel de NAIA na cultura local e na história artística contemporânea de Felgueiras, sublinhando o seu contributo enquanto criador inquieto, cuja liberdade “tem cor, textura, corpo e nome”.
